O presidente do Partido Socialista (PS), Carlos César, adiantou, este sábado, à entrada da Comissão Nacional do partido, que irá propor que as eleições para eleger o novo secretário-geral socialista aconteçam no final do mês de junho e o congresso para depois das autárquicas.
Em declarações aos jornalistas, Carlos César destacou que, "por razões óbvias", a reunião da Comissão Nacional do PS é de "grande importância", tendo em conta os "maus resultados" das eleições legislativas de 18 de maio, assim como a "demissão do secretário-geral", Pedro Nuno Santos.
"Sendo certo que essa reflexão é necessária, porque reconhecidas as consequências negativas, é importante serem conhecidas as causas, também é importante que a prioridade seja definida no que toca às eleições autárquicas e à reposição dessa normalidade institucional", disse.
O presidente socialista vai assim propor que as eleições para um novo secretário-geral se realizem "nos dias 27 e 28 de junho, com apresentação de candidaturas até dia 12 de junho", adiantando ainda que, "depois das eleições autárquicas e quando a liderança que, entretanto, for eleita entender mais adequado, se realizam as eleições para delegados ao Congresso do Partido Socialista".
"Para já é importante dotar o PS dos instrumentos que necessita para contribuir ativamente, mesmo nesta fase institucional onde substituirei, nestas cinco semanas, o secretário-geral do PS que cessou funções", afirmou.
Carlos César defendeu ainda que o partido tem de estar "pronto para responder a todas as chamadas e a todos os meios institucionais".
Questionado sobre se o Partido Socialista aprovará o programa do Governo e o Orçamento do Estado, Carlos César afirmou que, neste último, o novo secretário-geral já deverá estar em funções.
"Nós estamos confrontados com uma situação similar à legislatura anterior. Se na legislatura anterior, o partido vencedor teve uma votação inferior à que teve nesta, o natural é que, o PS tendo viabilizado o anterior Governo, viabilize este. Não há dúvidas sobre essa matéria, nem devem subsistir sobre isso", salientou.
E acrescentou: "Quanto aos atos subsequentes, caso a caso veremos, e quaisquer dúvidas, quer o restante universo partidário, quer o senhor Presidente da República tenham, o Partido Socialista tem resposta para todas elas".
[Notícia atualizada às 11h44]
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