Costa lamenta "trágica perda de funcionários" de Israel em Washington

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, apresentou hoje condolências ao Presidente de Israel, Isaac Herzog, após a morte a tiro de dois funcionários da embaixada de Israel em Washington, alertando ainda para a "situação horrível" em Gaza.

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© Carl Court/Getty Images

Lusa
22/05/2025 23:05 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

António Costa

"Hoje tive uma conversa franca com o Presidente de Israel, Isaac Herzog. Expressei as minhas condolências pela trágica perda de dois funcionários da Embaixada de Israel em Washington D.C", pode ler-se, numa nota na rede social X.

 

António Costa adiantou ainda que falou com Herzog "sobre a situação horrível em Gaza".

"Pedi a Israel que travasse a catástrofe humanitária permitindo imediatamente o reinício do o e da assistência humanitária. Apelei à rápida retoma do cessar-fogo, permitindo a libertação incondicional de todos os reféns", destacou ainda o ex-primeiro-ministro português.

Na quarta-feira à noite, um homem e uma mulher foram abatidos a tiro no exterior do Museu Judaico de Washington, onde decorria um evento da Comissão Judaica Norte-Americana (AJC).

As vítimas são Yaron Lischinsky, de 30 anos, e Sarah Milgrim, de 26. Formavam um par e, segundo a embaixada israelita, Lischinsky tencionava pedir Milgrim em casamento durante uma viagem a Jerusalém, na próxima semana.

O detido, segundo a polícia, não tinha antecedentes que sugerissem a possibilidade de cometer um atentado deste tipo. No entanto, será investigado se o ataque tem "ligações a possíveis atos terroristas" e se o motivo do ataque foi um "crime de ódio".

A chefe da polícia de Washington, Pamela Smith, identificou o suspeito como Elías Rodríguez, de 30 anos, residente em Chicago, e disse que ele gritou "Palestina livre, Palestina livre" após o tiroteio.

O Departamento de Justiça norte-americano já apresentou acusações federais contra o suspeito por homicídio.

O chefe da diplomacia israelita, Gideon Saar, acusou hoje os países europeus de "incitarem ao ódio", referindo-se às críticas devido à situação humanitária na Faixa de Gaza, enclave palestiniano onde Israel lançou uma operação militar, num conflito desencadeado pelos ataques do Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel.

"Existe uma ligação direta entre o incitamento ao ódio antissemita e anti-israelita e este assassinato", afirmou Saar numa conferência de imprensa em Jerusalém.

O Museu Judaico de Washington defendeu hoje que o assassínio do casal que trabalhava na embaixada israelita, no exterior do seu edifício, na quarta-feira, tinha como objetivo "silenciar vozes" e "apagar a história", algo que disse não permitirá que ocorra.

"Num ato de terrível violência antissemita, um homem armado atacou a nossa querida comunidade. Esta tragédia é devastadora. Estes atos de terrorismo pretendem incutir medo, silenciar vozes e apagar a história, mas recusamo-nos a permitir que sejam bem-sucedidos", declarou a diretora executiva, Beatrice Gurwitz, num comunicado.

Leia Também: França, Reino Unido e Canadá acusados de "encorajar assassinos do Hamas"

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