Canadá convoca embaixador israelita após disparos na Cisjordânia

O primeiro-ministro do Canadá convocou o embaixador israelita para pedir explicações sobre os disparos do exército israelita sobre uma delegação de diplomatas durante uma visita a Jenin, Cisjordânia, uma medida também aplicada por Portugal.

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Lusa
22/05/2025 06:23 ‧ ontem por Lusa

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Cisjordânia

"O embaixador israelita foi convocado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para se explicar. Esperamos uma investigação completa e uma explicação imediata do sucedido", declarou Mark Carney, na quarta-feira.

 

O incidente "é totalmente inaceitável. É apenas uma das muitas coisas totalmente inaceitáveis que acontecem na região", acrescentou o líder do Governo, em conferência de imprensa.

A ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá, Anita Anand, confirmou nas redes sociais que o embaixador Iddo Moed foi convocado e que Otava espera que sejam identificados os responsáveis pelo ataque.

Também na quarta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português convocou o embaixador de Israel em Lisboa após o ataque à comitiva diplomática, que incluía um diplomata português.

"Portugal condena liminarmente o ataque do exército israelita à comitiva diplomática que visitou Jenin, na Cisjordânia", anunciou, em comunicado, o ministério dirigido por Paulo Rangel.

Também Espanha, França e Itália convocaram representantes diplomáticos israelitas para pedir explicações sobre o incidente.

As forças israelitas fizeram "disparos de advertência" após um grupo internacional de mais de 20 diplomatas se ter "desviado da rota aprovada" na visita, indicou o exército israelita em comunicado, que "lamentou o incómodo" causado.

Não houve relatos de feridos nem danos no incidente.

Os disparos provocaram uma série de reações negativas, incluindo da chefe da diplomacia da UE, que exortou Israel a investigar a ação do exército israelita.

"Apelamos a Israel para que investigue este incidente e também para que responsabilize os responsáveis", disse Kaja Kallas, acrescentando que qualquer ameaça à vida de diplomatas é inaceitável.

O Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, responsabilizou a "arrogância" de Israel pelos disparos das forças israelitas para "intimidar" a delegação diplomática internacional.

"O facto de os soldados israelitas terem disparado diretamente contra 25 embaixadores e diplomatas árabes e europeus durante a sua visita (...) é uma manifestação da arrogância da ocupação israelita e da violação de todas as normas internacionais", declarou o grupo islamita palestiniano em comunicado.

Segundo a agência de notícias espanhola EFE, que cita a lista fornecida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano, o grupo integrava um total de 27 países europeus, americanos, árabes e asiáticos, além de representantes do Programa Alimentar Mundial e da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos.

Leia Também: Canadá em conversações para integrar 'Cúpula Dourada' anunciada por EUA

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