A ex-ministra dos governos de António Costa referiu, numa publicação na rede social Instagram, que nos últimos dias falou com "muitos militantes e simpatizantes do PS", onde concluiu que existia espaço "para uma candidatura alternativa".
Mariana Vieira da Silva lembrou que tem defendido que, perante os resultados nas legislativas e a demissão de Pedro Nuno Santos, era "o tempo do PS fazer um debate alargado e profundo sobre a estratégia a seguir e sobre a pessoa certa para a liderar".
"[Mas] tendo em conta o calendário com que fomos confrontados --- de estarmos a poucos meses de umas eleições autárquicas cujo tempo já tinha sido interrompido pelas legislativas---, entendemos ir ao encontro do apelo de unidade do partido, não apresentando uma candidatura que forçasse uma disputa interna em período eleitoral e prejudicasse a profunda reflexão que nos é exigida - para a qual estamos todos convocados", sublinhou.
Também hoje, Fernando Medina adiantou que não será candidato a secretário-geral do PS, em declarações ao canal Now.
"Creio que o lançamento de uma candidatura na segunda-feira [por José Luís Carneiro], iniciou um processo interno, no fundo contagem de espingardas, que na prática inviabiliza que esse debate profundo se faça antes de uma eleição direta", referiu, depois de ter defendido também uma reflexão profunda.
Fonte oficial dos socialistas adiantou hoje à Lusa que presidente do PS, Carlos César, vai propor à Comissão Nacional do partido a realização de eleições imediatas para o cargo de secretário-geral socialista, entre o fim de junho e início de julho.
De acordo com a mesma fonte, Carlos César ouviu nas últimas horas "diversas personalidades apontadas como possíveis candidatos à liderança do PS e optou pelo cenário de eleições imediatas apenas para o cargo de secretário-geral do partido" na sequência da demissão de Pedro Nuno Santos do cargo.
Esta proposta, que será levada à Comissão Nacional do PS de sábado, foi subscrita também pelo líder do PS cessante, de acordo com a mesma fonte.
Na segunda-feira, o antigo candidato à liderança socialista, José Luís Carneiro, assegurou que estará disponível para servir o PS e Portugal, considerando que o partido deve fazer "uma reflexão profunda" e abrir um novo ciclo, contribuindo para a estabilidade política.
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