A socialista Alexandra Leitão negou, esta quinta-feira, ter pedido a demissão de Pedro Nuno Santos do cargo de secretário-geral do Partido Socialista (PS), na sequência de uma notícia publicada na terça-feira pela revista Sábado.
"É absolutamente falso que Alexandra Leitão tenha pedido a demissão de Pedro Nuno Santos do cargo de secretário-geral do PS, como é referido pela revista Sábado. Em nenhum momento, quer durante a reunião do Secretariado Nacional, quer fora dela, na noite eleitoral, Alexandra Leitão expressou ou defendeu tal posição", lê-se num comunicado enviado às redações.
A candidata à presidência da Câmara Municipal de Lisboa (CML) apontou ainda que "esta afirmação não tem qualquer fundamento e constitui um erro crasso", além de ter denunciado que "não foi, em momento algum, ada para confirmar a veracidade da informação publicada, nem houve qualquer tentativa de validação junto de membros do Secretariado Nacional presentes na reunião, os quais poderiam prontamente desmentir tal alegação".
Desmentido da notícia da revista Sábado
— Alexandra Leitão (@Alexandrarfl) May 22, 2025
Face à notícia publicada pela revista Sábado - hoje em papel, e com destaque de capa, e no online, no dia 20 de maio de 2025 - com o título “Os bastidores da noite mais dura do PS”, não posso deixar de esclarecer, com total firmeza, o…
Em causa está o artigo 'Os bastidores da noite mais dura do PS', que avançou que Alexandra Leitão tinha sido "das mais vocais a defender a demissão de Pedro Nuno Santos". "Foi especialmente dura", terá dito uma fonte socialista à revista.
Recorde-se que as eleições legislativas antecipadas de domingo, ganhas pela AD, tiveram um impacto profundo no PS. No discurso em que assumiu a derrota, Pedro Nuno Santos anunciou que pediu ao presidente do partido a convocação para sábado da Comissão Nacional para que haja eleições internas, às quais não vai recandidatar-se.
Segundo os resultados provisórios, e ainda sem os votos contados da emigração, o PS perdeu 20 deputados e tem, neste momento, 58 lugares no parlamento, com um resultado de 23,38%, ou seja, 1.394.491 votos.
Com este resultado, o PS surge quase empatado com o Chega e, em comparação com os mesmos resultados do ano ado, também sem a emigração, perdeu cerca de 365 mil votos num ano.
[Notícia atualizada às 09h27]
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