O Líbano e a Palestina "concordaram em implementar um plano para remover armas dos campos de Beirute até meados de junho e, depois, de outros campos espalhados pelo país", que estão fora do controlo do Estado desde o final da década de 1960, informou uma fonte do Governo libanês.
A informação surge durante uma visita de Mahmoud Abbas ao Líbano, a primeira desde 2017, e quando Beirute procura alargar a sua autoridade a todo o país, particularmente nos campos palestinianos sobrelotados que acolhem cerca de 220.000 refugiados.
O Presidente libanês, Joseph Aoun, e o seu homólogo palestiniano garantiram, na quarta-feira, no final de uma reunião, que não haveria mais armas fora do controlo do Estado, no Líbano, um país onde as organizações palestinianas prestam segurança nos campos desde o final da década de 1960.
Hoje, um comité conjunto líbano-palestiniano dedicado à situação nos campos palestinianos, formado por ocasião da visita de Abbas, realizou a sua primeira reunião.
"Os participantes concordaram em iniciar o processo de entrega das armas de acordo com um calendário específico", refere um comunicado do gabinete do primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, que participou na reunião.
Segundo um acordo tácito, a segurança nos campos de refugiados ficará assegurada por fações palestinianas, incluindo o Fatah de Mahmoud Abbas, mas também pelo seu rival islamita Hamas, bem como por outros grupos armados palestinianos.
As autoridades libanesas prometeram controlar todo o território, desde o cessar-fogo em novembro, entre o Hezbollah pró-iraniano e Israel, após mais de um ano de hostilidades.
O Exército libanês foi enviado para o sul do país e está a trabalhar para desmantelar as infraestruturas militares do Hezbollah, o único grupo libanês que manteve as suas armas após o fim da guerra civil em 1990, mas que saiu muito enfraquecido do confronto com Israel.
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