"Já disse que foi tomada a decisão de criar uma zona de segurança necessária ao longo da fronteira. As nossas Forças Armadas estão agora a cumprir essa missão", afirmou, no início de uma reunião com o Governo transmitida em direto pela televisão.
Acrescentou que as tropas russas estão alegadamente a atacar as posições a partir das quais Kiev está a atacar as regiões da fronteira russa, onde os militares ucranianos e os mercenários estrangeiros --- de acordo com Putin --- estão alegadamente a utilizar "métodos terroristas".
"Insisto, estamos a falar das regiões de Kursk, Bryansk e Belgorod, que também são alvos de ataques. Por norma, os alvos escolhidos pelo inimigo não têm qualquer importância militar: instalações civis, casas, pessoas", explicou.
Putin enfatizou que Kiev está a visar as infraestruturas civis nos seus ataques maciços de drones, que forçaram a suspensão das operações nos principais aeroportos de Moscovo nos últimos dois dias.
A criação da zona de segurança incluiria a desminagem do território, mas também a desativação de munições não detonadas e a procura de esconderijos de armas.
Os militares russos lançaram uma nova ofensiva terrestre nos últimos meses em Kharkiv e Sumy, na Ucrânia, embora analistas acreditem que as capitais das duas regiões estão seguras.
O líder russo avisou Kiev por diversas vezes nos últimos anos que, se os ataques na fronteira continuassem, seria obrigado a ordenar a criação do que chamou de "zona sanitária".
Esta declaração coincide com o desenvolvimento do memorando ou roteiro para uma solução pacífica do conflito que Putin propôs ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na conversa telefónica que mantiveram na ada segunda-feira.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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