Citado pela agência noticiosa oficial chinesa Xinhua, Lukashenko afirmou que, em cada uma das suas 15 visitas à China, "sentiu a profunda amizade" do país asiático.
O líder bielorrusso disse que o seu país "tem grande confiança na China, com a qual desenvolverá inabalavelmente as suas relações e promoverá a cooperação".
"A nível internacional, a China defende firmemente o multilateralismo e opõe-se ao unilateralismo e às sanções, dando um exemplo ao mundo", acrescentou.
Xi Jinping felicitou o seu homólogo pela reeleição como Presidente da Bielorrússia em janeiro ado, uma eleição marcada por alegações de fraude por parte da oposição exilada e dos países ocidentais.
Xi sublinhou que a China e a Bielorrússia "são verdadeiros amigos e bons parceiros", que se têm tratado "com sinceridade e amizade".
De acordo com o líder chinês, a confiança entre Minsk e Pequim é "inabalável" e a cooperação em vários domínios "tem sido reforçada", referiu a Xinhua.
Xi instou ambas as partes a "oporem-se conjuntamente à hegemonia, à intimidação e à violência, e a defenderem a equidade e a justiça internacionais".
Citado pela agência noticiosa bielorrussa Belta, o embaixador da Bielorrússia na China, Aleksandr Chervyakov, disse na terça-feira que alguns dos principais tópicos durante a visita de Lukashenko seriam "a modernização da economia bielorrussa com base na tecnologia chinesa".
A viagem é uma oportunidade para "avaliar e rever os resultados do trabalho de cooperação" entre Minsk e Pequim, disse.
"A China continua a ser um parceiro estratégico fundamental para nós, como sempre", enfatizou.
Lukashenko visitou a China em fevereiro de 2023, altura em que assegurou que "a expansão dos os com a China é uma prioridade da política externa bielorrussa".
Em dezembro do mesmo ano, o Presidente bielorrusso deslocou-se novamente à China, como sinal das boas relações entre Pequim e Minsk.
Citado pelo Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, Zhao Huirong, especialista da Academia Chinesa de Ciências Sociais, explicou que "as relações entre a China e a Bielorrússia estão atualmente num ponto alto histórico" e sublinhou a importância da cooperação entre os dois países no setor industrial, prevendo uma maior coordenação política bilateral.
Cada vez mais isolado da Europa e do resto do Ocidente devido à deriva autoritária do regime, o governo de Lukashenko voltou-se recentemente para aliados como Pequim e Moscovo.
A visita tem como pano de fundo as negociações entre a Rússia e a Ucrânia para um cessar-fogo numa guerra em que Minsk tem sido acusada por Kiev de ser cúmplice de Moscovo e em relação à qual Pequim tem mantido uma posição ambígua.
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