"É óbvio que os terroristas, agindo sob as ordens do regime de Kyiv, planearam tudo com a máxima precisão para que as explosões atingissem centenas de civis", afirmou o Comité de Investigação russo num comunicado.
As explosões ocorreram no sábado à noite nas regiões russas de Kursk e Bryansk, que fazem fronteira com a Ucrânia.
Provocaram o descarrilamento de um comboio de ageiros, de um comboio de mercadorias e de um comboio de controlo, matando sete pessoas e ferindo 113, incluindo crianças, segundo os investigadores.
Segundo a mesma fonte, está em curso uma investigação sobre "atos de terrorismo".
A Ucrânia não reagiu de imediato a estas acusações, de acordo com a agência de notícias -Presse (AFP)
A sabotagem ou tentativa de sabotagem de caminhos-de-ferro e outras infraestruturas na Rússia, em especial nas regiões fronteiriças, tem ocorrido regularmente desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Uma operação que resulte num número tão elevado de mortes de civis não tem precedentes.
No fim de semana, a Ucrânia também atacou aviões militares russos em vários aeródromos a milhares de quilómetros das suas fronteiras, depois de contrabandear 'drones' explosivos para a Rússia numa operação complexa.
Os serviços de segurança ucranianos reivindicaram hoje a responsabilidade por uma explosão na ponte de Kerch, construída pela Rússia entre o território continental e a península da Crimeia, que anexou em 2014.
A ponte, que foi entretanto encerrada, já tinha sido alvo de dois ataques de Kyiv desde o início da guerra.
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