"O partido está perfeitamente estável, com todas as suas funções asseguradas neste momento. Encontra-se num período de gestão até que os órgãos internos do partido se pronunciem e assim decorram as normais situações estatutárias", afirmou Miguel Rangel em declarações à agência Lusa e Antena 1 na Assembleia da República, onde tomou hoje posse como deputado.
Miguel Rangel que, desde a demissão de Rui Rocha, este sábado, está a dirigir interinamente a IL até à próxima convenção, afirmou que todas as situações que estavam a ser geridas pelo partido se mantêm, inclusive os processos para as eleições autárquicas de outono.
"Os processos autárquicos, que eram os principais que estavam em curso, mantêm-se sem qualquer alteração e assim o partido, com a sua maturidade, experiência e também, naturalmente, com os processos estatutários já previstos, vai manter toda a sua função", assegurou.
Questionado se a proposta de revisão constitucional, que já tinha sido anunciada por Rui Rocha, se vai manter entre as prioridades da IL para esta legislatura, apesar da troca de líderes, Miguel Rangel disse achar que essa não é "uma prioridade apenas deste líder".
"A revisão constitucional era algo que já estava previsto, tanto no nosso programa eleitoral, como inclusive em legislaturas anteriores, [com propostas] que já foram discutidas, submetidas. Portanto, esse é um projeto da IL e eu acho que será transversal a qualquer liderança", indicou.
Entre as prioridades do Grupo Parlamentar da IL que identificou para esta legislatura, Miguel Rangel destacou em particular o "grave problema da habitação", que qualificou como um "flagelo social", e defendeu que é necessário garantir que há mais respostas do lado da oferta.
Sobre a eleição de Mariana Leitão para líder parlamentar da IL, Miguel Rangel considerou que é uma prova de confiança do Grupo Parlamentar na deputada, "certamente também pelo trabalho que tem vindo a fazer" nesse cargo.
Interrogado se isso significa também que não irá haver alterações bruscas no funcionamento do partido devido à demissão de Rui Rocha da liderança, Miguel Rangel disse que sim, mas observou que são dois processos distintos.
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