Saúde? "Compreendo a decisão do primeiro-ministro de manter ministra"

Manuel Pizarro destacou como "melhor nota" do novo Executivo de Luís Montenegro a nova ministra da istração Interna, Maria Lúcia Amaral.

Manuel Pizarro

© Carlos Pimentel/Global Imagens

Maria Gouveia
04/06/2025 22:10 ‧ há 2 dias por Maria Gouveia

Política

Manuel Pizarro

O candidato do Partido Socialista (PS) à Câmara Municipal do Porto e ex-ministro da Saúde, Manuel Pizarro, considerou, esta quarta-feira, que, "globalmente, o novo Governo é o que se esperaria que fosse", notando que "é uma pequena remodelação do Governo anterior".

 

"Acho que isso é o que era expectável. O Governo anterior durou um pouco menos de um ano. Esperava-se que houvesse uma remodelação, havia especulação sobre quais eram as pastas onde iria ocorrer remodelação, havia uma grande expectativa na área da Saúde. Acho que, em todo o caso, eu compreendo a decisão do primeiro-ministro de manter a mesma ministra", afirmou, em entrevista à SIC Notícias.

Questionado sobre se a não recondução poderia ser considerado um falhanço nesta área, Manuel Pizarro respondeu afirmativamente, dizendo que seria "difícil" o primeiro-ministro "assumir isso", numa altura em que "ainda estão em curso a inspeção do IGAS aos acontecimentos ocorridos durante a greve do INEM que, pode ou não, determinar a continuidade da senhora ministra em função das responsabilidades que forem apuradas".

O ex-ministro da Saúde disse ainda que a "melhor nota" deste novo Governo é a nova ministra da istração Interna, destacando que Maria Lúcia Amaral "é uma pessoa que tem dado inúmeras provas de respeito pelo Estado de Direito, respeito pelo equilíbrio entre a autoridade do Estado e os direitos dos cidadãos".

"E há sempre aquele sinalzinho, apesar de tudo, relativamente frequente nos Governos de espectro de Direita, que é acabar o Ministério da Cultura como ministério autónomo, mas também aí, do ponto de vista da governação da Direita, não é assim uma novidade. É algo relativamente habitual", notou. 

Manuel Pizarro sublinhou ainda como uma "nota muito negativa" as últimas notícias acerca da (agora) ex-ministra da Cultura, que davam conta de que teria aproveitado o seu último dia em funções para "dar uma instrução à istração Cultural de Belém para demitir uma das diretoras". "Acho isso absolutamente lamentável."

Note-se que a ex-ministra da Cultura enviou um comunicado às redações a desmentir as notícias avançadas. O socialista afirmou que "temos de aceitar o exercício do contraditório por parte da antiga ministra", mas que, "a ser verdade, é um ato de absoluta intolerância democrática que não tem explicação".

José Luís Carneiro? "Tem condições para liderar esse processo de reflexão que o PS tem de fazer"

"Não vejo que a escolha de um líder do partido e que o debate político sobre as mudanças que o PS tem de fazer sejam inimigas. Acho que uma coisa e a outra são coisas que se podem associar. Tenho até expectativa de que o Dr. José Luís Carneiro - cuja coragem quero enaltecer porque não é fácil avançar para uma liderança nas circunstâncias como estas que o PS vive, depois de uma derrota eleitoral tão significativa -, tem condições para liderar esse processo de reflexão que o PS tem de fazer", sublinhou. 

E acrescentou: "Desse ponto de vista, até acho que há um certo mérito em que o congresso onde se vai aprovar a moção de orientação política e eleger os órgãos dirigentes do PS seja daqui a uns meses, dando espaço a que o novo líder vá arrumando a casa e gerando condições para que esse debate interno se faça se faça."

O candidato socialista à Câmara Municipal do Porto considerou que "este é um debate interno muito especial porque se o PS quer ter sucesso [neste debate interno], vai ter de o fazer com grande abertura em relação à sociedade".

Autárquicas? "Estou muito confiante com aquilo que será a reação dos eleitores"

Sobre um possível impacto das Legislativas nas Autárquicas, Manuel Pizarro desvalorizou, dizendo que "são dinâmicas completamente distintas".

"Falo pelo caso que conheço melhor, que é o caso da cidade do Porto. Não tenho dúvidas que o que motiva no essencial o voto dos eleitores do Porto é a sua visão sobre os candidatos, as candidaturas e as propostas políticas que apresentam e, desse ponto de vista, devo dizer que estou muito confiante com aquilo que será a reação dos eleitores. Parece-me que as pessoas valorizarão, claramente, os temas locais, a confiança que têm, ou não, nesse candidato e a qualidade das propostas que esse candidato apresenta para resolver os problemas de cada cidade", disse. 

Note-se que esta é a terceira vez que Manuel Pizarro concorre nas eleições autárquicas à Câmara Municipal do Porto.

Leia Também: Pizarro classifica apoio de Carneiro como sinal de "união" no PS

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