Venezuela tem 927 presos políticos entre os quais 82 estrangeiros

A Organização Não-Governamental Foro Penal (FP) denunciou hoje que há 927 presos políticos na Venezuela, entre os quais 82 cidadãos estrangeiros.

bandeira, Venezuela

© MIGUEL GUTIERREZ/AFP via Getty Images

Lusa
04/06/2025 00:43 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

ONG Fórum Penal

Segundo o FP, conhecido por defender os direitos das pessoas detidas por motivos políticos na Venezuela, do total de presos políticos, 758 são civis e 169 são militares, 831 são homens e 96 mulheres.

 

Numa mensagem divulgada na X, antigo Twitter, o FP explica que 922 detidos são adultos e 5 adolescentes com entre 14 e 17 anos de idade.

Por outro lado, explica que desde a semana ada 13 cidadãos foram detidos e 8 libertados pelas autoridades venezuelanas.

Na mesma rede social o FP afirma desconhecer o paradeiro de 52 presos políticos e sublinha que há "82 cidadãos presos com nacionalidade estrangeira", sem, no entanto, avançar detalhes sobre se se trata de cidadãos com dupla nacionalidade, e de quais países são originários.

Dados do FP, divulgados em 4 de março de 2025 davam contam que a Venezuela tinha 66 cidadãos estrangeiros detidos por motivos políticos, entre eles quatro cidadãos portugueses com dupla nacionalidade.

Os dados davam conta ainda que o maior número de estrangeiros detidos, 22, era originário da Colômbia, 22, entre os quais 12 com dupla nacionalidade; seguindo-se 12 espanhóis, dez deles com documentação venezuelana, e nove cidadãos de Itália, dos quais oito com dupla nacionalidade.

Na Venezuela estavam também detidos cinco norte-americanos, dos quais quatro tinham dupla nacionalidade e dois argentinos, um deles também venezuelano; um chileno-venezuelano e um húngaro-venezuelano.

Os restantes detidos, em março de 2025, eram de nacionalidade alemã (um), checa (um), equatoriana (dois), guianense (um), holandesa (um), peruana (um), ucraniana (um) e uruguaia (um).

Na mensagem divulgada hoje nas redes sociais o FP explica que registou, desde 2014, 18.409 detenções políticas na Venezuela.

Também que assistiu gratuitamente mais de 14 detidos, hoje libertados, e a outras vítimas de violações dos seus direitos humanos.

"Além dos presos políticos, mais de 10.000 pessoas continuam sujeitas, arbitrariamente, a medidas restritivas da sua liberdade", sublinha o FP.

Em 28 de maio de 2025, o Governo venezuelano acusou algumas das principais organizações não-governamentais do país de envolvimento numa "estrutura terrorista", cujo suposto desmantelamento levou à detenção de dirigentes da oposição.

O ministro do Interior, Diosdado Cabello, afirmou numa conferência de imprensa transmitida pela emissora estatal Televisão Venezuelana (VTV) que as ONG Provea, Foro Penal, Médicos Unidos e Maracaibo Posible faziam parte de uma alegada estrutura que planeava "atacar" as residências e embaixadas da Colômbia, Espanha, França e escritórios da ONU, no âmbito de um plano de "boicote" às eleições regionais e legislativas de 25 de maio.  

"Não nos importa que inventem que são defensores dos direitos humanos (...) é puro disparate, é mentira (...). Ninguém que se autointitula defensor dos direitos humanos pode fazer declarações que ameacem a tranquilidade de um país", reiterou.  

A Foro Penal é uma das ONG com maior visibilidade no país, dedicando-se a contabilizar os presos políticos no país.  

Leia Também: Venezuela. Colégio Nacional de Jornalistas denuncia detenções arbitrárias

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