Meloni e Macron dizem querer trabalhar em conjunto por Europa mais soberana

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, comprometeram-se hoje a trabalhar em conjunto com vista a "uma Europa mais soberana, mais forte e mais próspera", no final de uma longa reunião bilateral em Roma.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni

© SHAWN THEW/Reuters

Lusa
03/06/2025 22:42 ‧ há 2 dias por Lusa

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Milão, Itália, 03 jun 2025 (Lusa) - A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, comprometeram-se hoje a trabalhar em conjunto com vista a "uma Europa mais soberana, mais forte e mais próspera", no final de uma longa reunião bilateral em Roma.

 

"A Itália e a França, fiéis ao seu papel de nações fundadoras da integração europeia, tencionam reforçar o seu empenhamento comum em prol de uma Europa mais soberana, mais forte e mais próspera, sobretudo orientada para a paz e capaz de defender os seus interesses e proteger os seus cidadãos", lê-se numa declaração conjunta divulgada após a reunião, realizada no Palácio Chigi, sede do Governo italiano.

O encontro de hoje entre Meloni e Macron era aguardado com grande expectativa e encarado como uma oportunidade para superar algumas divergências conhecidas entre Roma e Paris, em questões como as garantias de segurança para a Ucrânia - Roma tem-se afastado da chamada «Coligação de Interessados», um grupo de países, entre os quais a França, dispostos a participar numa força de manutenção de paz com soldados ou meios militares, o que Itália rejeita liminarmente -, ou a resposta da União Europeia às tarifas impostas pela istração norte-americana liderada por Donald Trump, de quem a primeira-ministra italiana é próxima.

A reunião face a face entre a primeira-ministra italiana, líder de um Governo de direita radical, e o Presidente francês prolongou-se por mais de três horas, seguido de um jantar de trabalho alargado às delegações, e no final não houve conferência de imprensa, sendo apenas emitida uma declaração conjunta, na qual Roma e Paris reiteram o seu "apoio firme e inabalável" a Kiev, sem se alongarem sobre o cenário de um pós-guerra e manutenção de paz.

"Mais de três anos após o início da agressão russa e no rescaldo das conversações entre a Ucrânia e a Rússia em Istambul, o apoio firme e inabalável da França e da Itália à Ucrânia é ainda mais necessário para alcançar uma solução justa e duradoura, pressupondo ao mesmo tempo uma mudança de escala ambiciosa na defesa europeia, tanto em termos de investimento como de apoio à base industrial e tecnológica de defesa da Europa", indicam os dois líderes.

Ainda a nível de política externa, "a reunião proporcionou igualmente a oportunidade de abordar outras questões de segurança relevantes para a Europa, nomeadamente no Médio Oriente e na Líbia, e de coordenar posições sobre as relações transatlânticas, bem como sobre a segurança económica e comercial da União Europeia", indicam os dois países.

O encontro de hoje, garantem as partes, também "demonstrou uma forte convergência sobre a agenda europeia para a competitividade e a prosperidade, a implementar de forma ambiciosa e acelerada, sobre a simplificação regulamentar, sobre o investimento público e privado, sobre a energia e sobre a plena aplicação do princípio da neutralidade tecnológica e, de um modo mais geral, sobre as condições necessárias para que as empresas europeias possam competir em pé de igualdade".

A convergência, prossegue o texto, "também se aplica a setores em transição, como as indústrias automóvel e siderúrgica, que exigem um forte compromisso europeu, bem como a setores mais avançados, como a inteligência artificial, as fontes de energia renováveis descarbonizadas, como a energia nuclear, e o espaço, onde os nossos interesses bilaterais e europeus estão ligados".

Por fim, Roma e Paris anunciam que Meloni e Macron "decidiram que a próxima cimeira bilateral terá lugar em França, no início de 2026, também com o objetivo de avaliar e atualizar o programa de trabalho que especifica os objetivos da cooperação bilateral estabelecidos no Tratado do Quirinal, que entrou em vigor em 2023, em vários domínios setoriais, com especial destaque para os jovens".

Leia Também: Migrações: Meloni recebe apoio do PM eslovaco na luta contra tribunais

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