Ex-PR cabo-verdiano desafia líderes africanos a correr "risco de falhar"

O antigo Presidente cabo-verdiano Pedro Pires afirmou hoje, em Marraquexe, que os líderes africanos devem assumir o "risco de falhar" durante a mudança do modelo de desenvolvimento do continente. 

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Lusa
03/06/2025 18:18 ‧ há 2 dias por Lusa

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"Há a necessidade de mudança de mentalidade, acreditar que se pode investir nessa direção. E correr o risco de falhar. Porque o grande problema, geralmente, é que muitas vezes as pessoas têm medo de falhar. E ao terem medo de falhar, têm medo de inovar", afirmou à agência Lusa.

 

Pires falava no final da conferência Ibrahim Governance Weekend (IGW), organizada pela Fundação Mo Ibrahim, que decorreu nos últimos três dias em Marraquexe, Marrocos, sob o tema "Alavancar os recursos de África para colmatar o défice financeiro". 

Políticos, académicos e ativistas debateram como podem os países africanos mobilizar-se para acelerar o desenvolvimento social e económico num contexto internacional de declínio da ajuda externa.

Pires concordou que "a África não pode estar de mãos estendidas quando tem recursos" e que precisa de "mudar a mentalidade". 

"Tem de se assumir, assumir os seus recursos, assumir a sua riqueza e utilizar melhor as suas riquezas. Mas, para isso, do meu ponto de vista, tem de ter confiança nas suas próprias instituições. Por exemplo, tem de ter confiança nos seus bancos. Tem de ter bancos credíveis, bem geridos. Isso é importante", afirmou à Lusa. 

O antigo chefe de Estado esteve presente numa apresentação do Instituto Pedro Pires para a Liderança (IPP), fundado em 2013 para formar líderes emergentes africanos lusófonos. 

Pedro Pires, que foi reconhecido em 2011 com o Prémio Mo Ibrahim de Boa Governação em África, defendeu a importância de os líderes receberem formação para se adaptarem às mudanças.

"Por vezes, os líderes ou os dirigentes não têm em conta que há uma necessidade de aperfeiçoamento permanente das capacidades de liderança e das capacidades de líder. Aquele que não se aperfeiçoa, não faz o 'upgrade' dos seus conhecimentos, é ultraado na perspetiva de melhorar a qualidade da liderança, mas também melhorar a governança", explicou.

Na sua opinião, isto aplica-se não só à governação pública, mas também ao setor privado. 

"Nós só ganhamos desafios do futuro se melhorarmos as nossas capacidades de liderança, de pensamento, de antevisão", avisou. 

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