De acordo com a plataforma espanhola, a Rússia utiliza "estratégias como a personificação de grandes jornais, canais de televisão e jornalistas, bem como a criação de 'sites' com aparência de media tradicionais para dar credibilidade ao conteúdo que divulgam".
Uma destas estratégias a pela criação e divulgação de capas falsas, com mensagens que beneficiam a Rússia, como a suposta manchete do 'Hull Daily Mail', de 13 de março: "70.000 soldados ucranianos na região de Krusk morreram em vão".
A narrativa falsa foi associada ao jornal britânico sendo difundida em vários perfis de media social e 'sites' pró-Kremlin, como o Pravda, uma rede russa de propaganda e desinformação.
No mesmo mês, também foi partilhada uma suposta primeira página do jornal francês 'Libération', onde era afirmado que algumas marcas que saíram do mercado russo aquando da invasão da Ucrânia, estavam agora a regressar.
Além disso, "várias capas falsas da revista satírica sa 'Charlie Hebdo' também foram lançadas este ano com Zelensky a pedir dinheiro em nome do papa ou com o Presidente da Ucrânia num caixão".
Desta gama de estratégias faz ainda parte a publicação de vídeos com o logótipo de canais de televisão ou jornais internacionais, umas das fórmulas mais usadas pela Rússia.
Por exemplo, em abril deste ano, um vídeo com o selo o canal britânico BBC alegou que a primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, tentou fugir do país.
A própria BCC desmentiu a narrativa manipulada, sendo que já em 2018, tinha alertado para um vídeo falso com o logótipo do canal onde era difundida a mensagem de que "uma guerra nuclear entre a Rússia e a OTAN" era iminente.
Outro exemplo menciona que aquando do apagão energético em Espanha e Portugal, em 28 de abril, uma imagem mostrava um suposto artigo do 'The Independent' onde se lia "Apagão massivo em Espanha-Portugal ao vivo: consequência das ações europeias contra a Rússia".
Tratava-se, uma vez mais, de uma narrativa falsa, mas que foi compartilhada em diversas redes sociais.
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