"A médio prazo, o setor de defesa e segurança deverá garantir a ordem e estabilidade política, para que o nosso Governo tenha condições políticas para implantar os alicerces da nossa independência económica", declarou Chapo, comandante-chefe das FDS, no encerramento de um curso de operações especiais, na província de Nampula.
Para o chefe de Estado, as forças armadas precisam "acabar" com o terrorismo, os raptos, os naparamas (grupo paramilitar que atua no centro e norte de Moçambique) "e outros crimes transnacionais que afetam o país".
"Uma das medidas para o alcance desses desideratos a por garantirem que as instituições de formação militar e paramilitar lecionem matérias atualizadas sobre ameaças à segurança do Estado, porque elas estão em permanente mutação", afirmou Daniel Chapo.
O Comandante-Chefe apontou ainda para a necessidade de investir na capacitação dos instrutores e formadores destas instituições, para que consigam fazer ajustes nos conteúdos formativos.
"Desafiamos também a todos os comandantes das Forças de Defesa e Segurança a estudarem novas táticas, novas técnicas, procedimentos e estratégias de combate, para perceberem as metamorfoses das novas ameaças à paz e à nossa segurança nacional", declarou.
Em 07 de abril, o Presidente moçambicano apelou à união nacional para o alcance da independência económica, no início das comemorações dos 50 anos da independência do país.
"Sobre os alicerces da independência económica, o importante é que cada um de nós faça a sua parte, na machamba [campos de cultivo], no trabalho, na barraca, na empresa, em todos os locais onde nós nos encontramos, duplicando o seu esforço e dedicação no seu local de trabalho e na sua área de atuação", pediu Chapo, ao discursar no lançamento da chama da unidade nacional, que vai percorrer todo o país até chegar a Maputo, em 25 de junho.
Leia Também: Mais de 2 mil salas de aula destruídas devido a ataques em Cabo Delgado