A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda foi alvo de uma queixa por falta de acompanhamento a um "utente com demência", que chegou a cair na casa de banho, levando à intervenção da Entidade Reguladora da Saúde (ERS).
Inicialmente, a unidade hospitalar não deixou a filha, autora da reclamação, acompanhar o pai no Serviço de Urgência do Hospital Sousa Martins. Essa autorização só lhe foi concedida após duas horas de espera.
No entanto, quando chegou junto do pai, o homem disse-lhe que tinha "caído na casa de banho", onde ninguém o acompanhou, apesar de a filha ter insistido para a "necessidade de assistência constante".
"Ninguém o tinha acompanhado, apenas o foram levantar quando ouviram um estrondo, apesar da minha insistência anterior sobre a necessidade", lê-se no relatório das deliberações da ERS, divulgado esta sexta-feira.
Depois de analisar o caso, a ERS comprovou que a conduta da ULS "não se revelou garantística da proteção dos direitos e interesses do utente".
"Tudo visto e ponderado, foi emitida uma instrução à Unidade Local de Saúde da Guarda, no sentido de garantir, em permanência, o direito ao acompanhamento dos utentes, em particular das pessoas com deficiência, em situação de dependência e com doença incurável em estado avançado e em estado final de vida", respondeu a ERS.
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