Humala (2011-2015) cumpre atualmente uma pena de 15 anos de prisão - por ter financiado ilegalmente o seu partido durante as campanhas eleitorais de 2006 e 2011 -- no estabelecimento prisional de Barbadillo, onde também estão presos os ex-presidentes Pedro Castillo e Alejandro Toledo, assim como já esteve o antigo chefe de Estado Alberto Fujimori, agora falecido.
Já a mulher, Nadine Herédia, encontra-se refugiada no Brasil.
Além de Humala e da sua mulher, outras 19 pessoas são acusadas de participar neste esquema de corrupção, entre as quais o antigo ministro da Economia do governo de Humala, Luis Miguel Castilla, para quem o Ministério Público pediu de 29 anos de prisão, segundo o jornal El Comercio.
Os envolvidos são acusados de organização criminosa e conluio qualificado durante a adjudicação e execução de dois projetos de gás --- o Gasoduto Andino do Sul e o Gasoduto Sul Peruano --- para favorecer empresas brasileiras, nomeadamente a Odebrecht, implicada em inúmeros casos de corrupção na região.
Esta construtora é precisamente o agente corruptor que levou à prisão de Humalla, depois de a justiça peruana ter provado que a empresa brasileira pagou três milhões de euros em subornos para as suas campanhas em troca de favores quando chegasse ao poder.
O caso Odebrecht é uma derivação no Peru da mediática operação 'Lava Jato', que surgiu no Brasil e posteriormente implicou a construtora numa rede internacional de corrupção numa dezena de países da região.
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