O presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversou com o Papa Leão XIV pela primeira vez, esta quarta-feira. Segundo o Kremlin, os líderes falaram de vários temas, incluindo sobre o conflito na Ucrânia, numa "conversa construtiva" e "ambas as partes manifestaram a intenção de continuar os os".
Num comunicado, a presidência russa começou por referir que "Vladimir Putin felicitou mais uma vez o pontífice pela eleição e desejou-lhe sucesso no cumprimento de uma missão tão importante".
Durante a conversa, Putin e Leão XIV abordaram a relação entre a Rússia e a Santa Sé e concordaram em "continuar os esforços destas relações com base em valores espirituais e morais comuns, no interesse da construção de uma ordem mundial mais justa".
Sobre a "situação na Ucrânia", Putin assegurou ao Papa que tem "interesse em alcançar a paz por meios políticos e diplomáticos, salientando que, para uma resolução definitiva, justa e abrangente da crise, é necessário eliminar as suas causas profundas".
Putin assegura que quer solução por meios "diplomáticos" (e acusa Kyiv)
O Presidente russo, Vladimir Putin, transmitiu hoje ao Papa Leão XIV querer alcançar a paz por meios "diplomáticos", enquanto acusou a Ucrânia de procurar escalar as hostilidades.
Lusa | 19:21 - 04/06/2025O presidente russo comentou ainda a segunda ronda de negociações entre a Rússia e a Ucrânia e sublinhou que "está a tomar todas as medidas possíveis para reunir as crianças com os seus familiares".
"Foi expressa gratidão ao pontífice pela disposição em ajudar na resolução da crise, em particular pela participação do Vaticano, numa base despolitizada, na resolução de questões humanitárias urgentes", lê-se no comunicado.
Putin também "chamou a atenção para o facto de o regime de Kyiv apostar na escalada do conflito, realizando sabotagens contra infraestruturas civis em território russo".
Além disso, foi "sublinhado que o ataque deliberado e direcionado contra civis, levado a cabo recentemente pela parte ucraniana, é claramente qualificado como terrorismo pelo direito internacional".
"A conversa foi construtiva. Ambas as partes manifestaram a intenção de continuar os os", concluiu o Kremlin.
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