Em comunicado, o Ministério da Defesa russo declarou "ter libertado" Kindrativka, situada a cerca de três quilómetros a sul da fronteira russa, referindo que quer estabelecer uma "zona tampão" na região de Sumy para impedir as incursões ucranianas, particularmente na região russa vizinha de Kursk.
Esta região esteve ocupada durante cerca de oito meses pelo exército ucraniano, antes de ser expulso, na primavera, pelas forças russas apoiadas por um contingente norte-coreano.
Os avanços reivindicados pela Rússia nesta zona nos últimos 10 dias levam Kiev a temer um ataque em grande escala na região de Sumy.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou na semana ada que a Rússia estava a concentrar "mais de 50 mil soldados" perto desta região do território ucraniano, em preparação para uma possível ofensiva.
Durante semanas, a região tem estado sob crescente pressão com a intensificação dos ataques russos.
Na terça-feira, um bombardeamento russo na cidade de Sumy, capital regional, matou quatro civis, segundo as autoridades locais.
A centenas de quilómetros de distância, na região ucraniana de Donetsk, que continua a ser o epicentro dos combates, o exército russo reivindicou hoje a captura de outra localidade: Ridkodub.
Paralelamente às negociações diplomáticas em curso para encontrar uma solução para o conflito, iniciadas em meados de fevereiro pela istração norte-americana, as tropas russas -- mais numerosas e bem equipadas do que as unidades ucranianas - continuam a conduzir operações ofensivas em determinados setores da frente de batalha.
De acordo com dados do Instituto norte-americano para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês), citados pela agência de notícias sa AFP, os russos têm aumentado o seu avanço territorial na primavera, depois de abrandarem no inverno, conquistando 507 quilómetros quadrados (km²) em maio de 2025, após de 379 km² em abril e de 240 km² em março.
A Rússia lançou, a 24 de fevereiro de 2022, uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, justificando a manobra com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar Moscovo e diminuir a capacidade russa de financiar o esforço de guerra.
Desde o início da guerra, a Rússia declarou a anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, de onde Kyiv exige a retirada imediata, assim como da península da Crimeia, anexada em 2014.
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