A decisão da Assembleia Nacional perante a moção de censura apresentada pela França Insubmissa (LFI, esquerda radical) era já esperada, tendo alcançado apenas 116 votos a favor contra os 289 necessários, sem o apoio do partido de extrema-direita União Nacional (RN, na sigla em francês), segundo o canal francês BFMTV.
Nesta ocasião, a moção de censura foi motivada pela rejeição de uma série de emendas apresentadas pela LFI e pelos Ecologistas a uma controversa lei sobre agricultura que visa, entre outras coisas, o regresso de certos pesticidas proibidos e facilitar a pecuária intensiva.
Para o LFI, o Governo francês, em conjunto com o RN, numa tentativa de evitar as emendas apresentadas à lei, decidiu rejeitar o texto e enviá-lo diretamente para a comissão sem debate nem votação na Assembleia, uma manobra utilizada pela segunda vez para contornar o controlo parlamentar.
Em janeiro, perante outra moção de censura do LFI, o recém-nomeado chefe de Governo em 13 de dezembro de 2024 pelo Presidente Emmanuel Macron, acusou o partido de "escolher a guerra interna" para o país e de querer que "o confronto seja a lei".
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