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Polícia francês que baleou jovem em 2023 vai ser julgado por homicídio

O polícia que baleou um adolescente a 27 de junho de 2023, em Nanterre, perto de Paris, desencadeando tumultos por toda a França, vai ser julgado por homicídio, anunciaram hoje o procurador e o juiz presidente locais.

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© Gettty Images/JOEL SAGET/AFP

Lusa
03/06/2025 13:24 ‧ há 2 dias por Lusa

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"Dois magistrados de instrução do Tribunal Judicial de Nanterre emitiram hoje uma acusação", ordenando "o encaminhamento do polícia para o Tribunal de Assis" por "homicídio doloso", referiram os responsáveis judiciais, em comunicado.

 

O julgamento poderá ser realizado "no segundo ou terceiro trimestre de 2026", acrescentou a mesma fonte.

Os juízes de instrução seguiram o apelo apresentado pelo procurador no início de março.

Nahel, de 17 anos, foi morto a 27 de junho de 2023, com um tiro disparado à queima-roupa por um polícia que verificava o veículo que conduzia. A sua morte, que se tornou um símbolo da violência policial, desencadeou várias noites de tumultos por toda a França.

Durante seis noites consecutivas, manifestantes vandalizaram e incendiaram edifícios públicos e lojas em várias cidades.

Uma investigação de homicídio foi posteriormente aberta e concluída a 02 de agosto.

Inicialmente, a polícia indicava que o jovem teria atropelado um motociclista, mas essa versão do incidente foi entretanto refutada por um vídeo amador partilhado nas redes sociais.

"Esta decisão é mais uma deceção do que uma surpresa", reagiu o advogado do polícia acusado, Laurent-Franck Lienard, citado pela agência de notícias sa AFP, acrescentando que vai apresentar um recurso ainda hoje.

O seu cliente, Florian M., esteve preso durante os cinco meses que durou a investigação e foi depois libertado sob supervisão judicial.

"Afirmamos que o tiro disparado foi legítimo e pretendemos prová-lo", sublinhou o advogado.

Já o advogado da mãe da vítima, Frank Berton, mostrou-se satisfeito com a decisão do tribunal, adiantando que se está "a aplicar a lei".

"Temos afirmado consistentemente que não havia dúvidas sobre a classificação de homicídio que deveria ser aplicada. A acusação teve a mesma avaliação, e os dois juízes de instrução têm agora a mesma avaliação. Resta convencer os jurados", concluiu.

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