Vladimir Medinsky, que é também um dos conselheiros da presidência russa (Kremlin), referiu à televisão RT que o lado ucraniano apresentou a sua visão para o fim da solução da crise em duas línguas: ucraniano e inglês.
O responsável não adiantou, no entanto, se a delegação russa já tinha transmitido a sua visão para o fim do conflito aos negociadores de Kyiv.
Os delegados russo e ucraniano deverão iniciar a segunda ronda de negociações em Istambul hoje, às 13h00 (10h00 em Lisboa).
Na cidade turca, que acolheu a primeira ronda a 16 de maio, a delegação russa vai reunir-se com a equipa ucraniana, liderada pelo ministro da Defesa, Rustem Umerov, confirmou no domingo o Presidente, Volodymyr Zelensky.
Kyiv acabou por aceitar a proposta de Moscovo, que descartou Genebra e o Vaticano como alternativas para a reunião, apesar da recusa dos russos em fornecer antecipadamente o memorando de entendimento e a lista de condições para um cessar-fogo.
O Kremlin afirmou que fazer exigências "não é construtivo", embora Kiev insista que o compromisso era trocar documentos antes da segunda ronda de conversações.
Moscovo, segundo fugas de informação para a imprensa, está a exigir que a NATO se comprometa por escrito a não se expandir em direção às fronteiras russas, ou seja, que recuse itir a Ucrânia, a Geórgia e a Moldova como membros.
Enquanto isso, Kiev defende um cessar-fogo duradouro e o seu direito de aderir à União Europeia e à Aliança Atlântica, segundo os meios de comunicação ocidentais.
A Rússia anexou a Crimeia em 2014 e integrou as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia em setembro de 2022, sete meses depois de iniciar a guerra.
Moscovo também recusa o cessar-fogo incondicional exigido pela Ucrânia, pelos Estados Unidos e pelos aliados europeus de Kiev.
Na primeira ronda de negociações, Mosocovo e Kyiv conseguiram um acordo para troca de mil prisioneiros de guerra de cada lado.
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