O agressor, Mohamed Sabry Soliman, 45 anos, usou um lança-chamas de fabrico caseiro para atacar um grupo de pessoas reunidas num evento de solidariedade aos reféns mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza, informou o FBI no domingo.
Durante o ataque, Soliman gritou "Libertem a Palestina!", acrescentou o agente especial do FBI Mark Michalek numa conferência de imprensa. Os feridos, acrescentou, têm idades compreendidas entre os 67 e os 88 anos.
"Em resultado destes factos preliminares, é evidente que se tratou de um ato de violência deliberado; o FBI está a investigá-lo como um ato terrorista", declarou Michalek.
Nos próximos dias, as autoridades apresentarão queixa contra Soliman, afirmou o procurador distrital de Boulder, Michael Dougherty, que recusou avançar pormenores sobre os crimes específicos de que será acusado.
"Existem várias opções... Mas, o mais importante neste momento é que estamos totalmente unidos para garantir que ele seja responsabilizado", disse apenas.
Poucos minutos após a notícia do ataque, o diretor do FBI, Kash Patel, emitiu um alerta, classificando-o como "um ato deliberado de terrorismo".
As autoridades responderam a chamadas de emergência na zona de Pearl Street, em Boulder, uma cidade universitária a oeste de Denver, por volta das 13:00 horas locais (19:00 TMG) de domingo.
Vários políticos, incluindo o governador democrata do Colorado, Jared Polis, classificaram o ataque como um ato de ódio.
"Os meus pensamentos estão com as pessoas que foram feridas e afetadas por este ato hediondo de terrorismo", afirmou Polis, numa publicação na rede social X. "Atos de ódio, de qualquer tipo, são inaceitáveis", disse ainda.
Hakeem Jeffries, líder dos Democratas na Câmara dos Representantes, classificou o ataque de "antissemita", sublinhando que "o antissemitismo não tem lugar nos Estados Unidos ou em qualquer parte do mundo. Tem de ser erradicado", afirmou num comunicado.
O ataque de domingo ocorre menos de duas semanas após o assassinato de dois funcionários da embaixada israelita em Washington D.C. por um jovem que também manifestou o seu apoio à Palestina depois de abrir fogo contra as vítimas.
O autor do crime foi identificado como Elias Rodriguez, um filólogo de 30 anos de Chicago, que expressou num manifesto a rejeição do apoio dos Estados Unidos a Israel e a frustração com a guerra na Faixa de Gaza.
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