Há menos casos de mpox em África, mas ainda são precisas vacinas

Os casos de infeção pelo vírus Monkeypox (mpox) diminuíram em África na última semana, embora o continente continue em alerta e precise "urgentemente" de mais vacinas, revelou hoje a agência de saúde pública da União Africana (UA).

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© Emmanuele Contini/NurPhoto via Getty Images

Lusa
29/05/2025 18:54 ‧ ontem por Lusa

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"Houve uma diminuição, tanto nos casos notificados como nos casos confirmados", disse numa conferência de imprensa 'online' o epidemiologista Ngashi Ngongo, chefe do Gabinete Executivo dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças de África (CDC África).

 

"A Serra Leoa é o país que mais contribui para os casos que estão a ser registados, especialmente entre nos confirmados em laboratório. 74% dos casos notificados (esta semana) vêm da Serra Leoa", detalhou Ngongo.

Para apoiar os esforços contra a doença nesse país, o CDC África planeia enviar uma equipa de dez epidemiologistas e 200 profissionais de saúde comunitários para o terreno. 

De acordo com os dados mais recentes da agência, África registou, desde o início de 2024, um total de 139.000 casos de mpox (34.824 confirmados em laboratório) e 1.788 mortes (186 confirmadas em laboratório como tendo sido consequência direta do mpox).

O epicentro continua a ser a República Democrática do Congo (RDCongo), país vizinho de Angola. 

A Etiópia registou no dia 26 de maio o seu primeiro caso de desde o início da epidemia em África no ano ado e reportou, desde então, três infeções confirmadas por testes laboratoriais e nenhuma morte até ao momento.

"Temos de ser muito firmes e agressivos para controlar este surto desde a origem e assim evitar que se espalhe para além da região de Oromia (centro, oeste e sul da Etiópia)", afirmou o epidemiologista.

Ngongo fez um apelo "urgente" para mais doações de vacinas e conseguir as 6,4 milhões de doses que o CDC África estima serem necessárias até agosto deste ano, enquanto 1,4 milhões de doses já foram enviadas para o continente até o momento.

Segundo o especialista, cerca de 220.000 doses de oferta anunciada pelos Estados Unidos da América aguardam autorização para serem enviadas, enquanto o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) está à procura de financiamento para poder fornecer outro pacote de cerca de 350.000 doses.

Além disso, espera-se a chegada nos próximos dias à RDCongo de doses da vacina japonesa LC16, depois do Governo do Japão se ter comprometido a enviar três milhões ao país.

A agência de saúde pública da UA declarou em 13 de agosto o mpox como uma emergência de saúde pública de segurança continental e, no dia seguinte, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou o estado de alerta sanitário internacional pela doença.

O mpox é uma doença infecciosa que pode causar erupções cutâneas dolorosas, inflamação dos gânglios linfáticos, febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas e falta de energia.

Leia Também: OMS alerta para grandes surtos de mpox na Serra Leoa, RDCongo e Uganda

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