O grupo regressava de Maiduguri, a capital do estado de Borno, depois de ter repelido um ataque noturno de extremistas islâmicos a uma base militar na cidade de Marte, adiantaram à agência -Presse (AFP) dois combatentes de uma milícia.
"O veículo explodiu numa mina entre as cidades de Marte e Dikwa, matando os oito ocupantes instantaneamente", referiu Babakura Kolo, líder de um grupo de vigilantes antijihadista da região.
Em 13 de maio, combatentes do grupo Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP) atacaram a mesma base, matando quatro soldados, apreenderam armas e incendiaram parte do local, obrigando os habitantes a fugir para Dikwa, a 38 quilómetros de distância.
Os oito mortos pertenciam a um grupo de autodefesa que permaneceu em Marte para ajudar o Exército a proteger a cidade após o regresso de centenas de deslocados, numa ação organizada pelo governador do estado, Babagana Umara Zulum, explicou à AFP outro líder da milícia, Ibrahim Liman.
O Exército nigeriano anunciou na terça-feira que tinha repelido uma tentativa de infiltração de extremistas islâmicos contra a base de Marte, garantindo ter matado vários atacantes em fuga graças ao apoio aéreo.
Dois soldados morreram neste ataque, detalhou ainda o Exército, em comunicado.
Os grupos ISWAP e Boko Haram intensificaram os seus ataques a civis e a bases militares nos estados de Borno, Adamawa e Yobe nos últimos meses.
Tanto o Boko Haram como o ISWAP procuram impor um Estado islâmico na Nigéria, um país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul.
Ambos são responsáveis pela morte de mais de 35 mil pessoas e provocaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, sobretudo na Nigéria, mas também em países vizinhos como os Camarões, Chade e Níger, segundo dados do Governo e da ONU.
De acordo com uma contagem da AFP, mais de uma dezena de bases militares foram invadidas nos últimos dois meses no norte do país mais populoso de África.
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