O ministro para as Migrações, Makis Voridis, prometeu revogar uma lei que permite aos migrantes em situação irregular solicitar uma autorização de residência após sete anos no país.
Segundo um projeto de lei apresentado na quarta-feira ao Conselho de Ministros, a entrada e a permanência ilegais serão puníveis com pena de até cinco anos de prisão, especificou Voridis.
"Deve haver [sanções] para os que continuam a permanecer no país mesmo sem terem o direito", afirmou o ministro grego, que liderava um partido de extrema-direita antes de aderir ao partido conservador no poder, a Nova Democracia, do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis.
Quanto mais tempo durar a permanência irregular, mais severa será a sanção, segundo alertou Makis Voridis.
"A partir de agora, quem estiver na Grécia ilegalmente nunca será regularizado, nunca obterá uma autorização de residência", advertiu ainda.
Entre 55.000 e 65.000 pessoas entram ilegalmente na Grécia todos os anos, metade das quais obtém asilo, indicou ainda o governante.
No ano ado, a polícia deteve 74.000 migrantes irregulares, mas apenas 2.500 foram expulsos, referiu igualmente o ministro, em declarações à televisão privada grega Skai.
A detenção istrativa antes da expulsão será alargada para um máximo de dois anos, contra os atuais 18 meses. Os migrantes sem autorização de residência poderão optar pelo repatriamento voluntário para evitar qualquer sanção.
Há dez dias, a Comissão Europeia propôs flexibilizar as regras para repatriar os requerentes de asilo, respondendo a um pedido repetido dos Estados-Membros para endurecer a política migratória.
Desde que chegou ao poder em 2019, o Governo de Kyriakos Mitsotakis reforçou os controlos nas fronteiras terrestres e marítimas da Grécia, uma das principais portas de entrada na Europa para pessoas que fogem de guerras e da pobreza, principalmente oriundas da Ásia, África e Médio Oriente.
Nos últimos anos, várias organizações internacionais e meios de comunicação social têm acusado frequentemente a Grécia de proceder a expulsões ilegais de requerentes de asilo.
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