O Ministério da Defesa russo referiu, na rede social Telegram, que as suas defesas aéreas "destruíram e intercetaram completamente 112 drones ucranianos" entre as 21h00 de terça-feira e as 00h00 de hoje (19h00 e 22h00 de terça-feira em Lisboa), incluindo 59 sobre a região de Bryansk (sudoeste).
Também o presidente da Câmara de Moscovo, Sergei Sobyanin, revelou na terça-feira à noite, numa série de publicações nas redes sociais, que 12 drones que se dirigiam para a capital tinham sido abatidos.
Na madrugada de hoje, as operações em dois aeroportos de Moscovo, Vnukovo e Zhukovsky, foram suspensas, de acordo com o regulador do transporte aéreo.
Embora os militares russos reportem diariamente a interceção de dezenas de drones ucranianos, o número raramente é tão elevado num espaço de poucas horas, noticiou a agência -Presse (AFP).
A capital russa, a centenas de quilómetros da fronteira com a Ucrânia, raramente foi alvo de ataques desde o início da ofensiva em grande escala da Rússia na Ucrânia, há mais de três anos.
Nos últimos dias, estes ataques contra Moscovo tornaram-se mais frequentes, interrompendo o tráfego aéreo.
A Ucrânia anunciou que foi alvo de ataques aéreos russos em massa nos últimos dias.
No domingo, 13 civis, incluindo três crianças da mesma família, foram mortos em ataques com mísseis e drones russos, segundo Kyiv.
Na segunda-feira, os ataques não causaram mortes, mas envolveram 355 drones, um novo máximo desde o início do conflito, segundo a Força Aérea ucraniana.
O Ministério da Defesa russo sublinhou na terça-feira que foi a Ucrânia, apoiada por "certos países europeus", que "tomou uma série de medidas provocatórias com o objetivo de interromper o processo de negociação", citando o aumento dos "ataques de drones e mísseis" contra instalações civis na Rússia desde 20 de maio.
Os governos russo e ucraniano mantiveram os seus primeiros os diretos em mais de três anos na Turquia, em 16 de maio, o que resultou num único compromissoh a troca de 1.000 prisioneiros de cada lado.
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