Indonésia e China abordam expansão do comércio: "Importante encruzilhada"

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, reuniu-se com o Presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, no domingo, para discutir formas de expandir o comércio, no contexto da guerra comercial lançada pelos Estados Unidos.

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© Wang Zhao - Pool/Getty Images

Lusa
26/05/2025 06:30 ‧ há 4 dias por Lusa

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Comércio

Li chegou à capital da Indonésia, Jacarta, no sábado à tarde, para uma visita de três dias à maior economia do Sudeste Asiático. Esta foi a primeira paragem da sua primeira visita ao estrangeiro este ano.

 

A Indonésia e a China são membros do Grupo dos 20 (G20), que reúne as principais economias desenvolvidas e emergentes, e do grupo BRICS.

Li viajou com 60 empresários chineses para participar na Receção Empresarial Indonésia-China, no sábado à noite.

Nas suas declarações, sublinhou que a economia chinesa registou um crescimento rápido este ano, apesar dos crescentes desafios externos.

"A atual situação internacional é um ime", afirmou Li, no evento que contou também com a presença de Subianto. "O unilateralismo e o protecionismo estão a aumentar, e o comportamento de intimidação está a crescer", vincou.

Li referiu que este ano se assinala o 70.º aniversário da criação do Movimento dos Não Alinhados, iniciado por países asiáticos e africanos na cidade indonésia de Bandung, num momento em que o mundo se encontrava numa encruzilhada histórica.

O espírito de solidariedade, amizade e cooperação de Bandung desempenhou um papel fundamental na unidade e cooperação entre os países do Sul Global, afirmou.

"Mais de sete décadas depois, o mundo está mais uma vez numa importante encruzilhada", observou.

Li apelou a todos os países para que procurem um terreno comum e resolvam as diferenças através do diálogo e da coexistência pacífica.

Subianto expressou gratidão ao Governo chinês e às empresas chinesas que participaram na economia indonésia, "criaram postos de trabalho, transferiram tecnologia e geraram confiança entre todas as empresas".

O líder convidou também os empresários chineses a investirem mais na Indonésia. O comércio bilateral ultraou os 147,8 mil milhões de dólares (cerca de 130 mil milhões de euros) no ano ado, registando um crescimento de 6,1%.

Li destacou que a China é, há nove anos consecutivos, o maior parceiro comercial da Indonésia. O programa de cooperação internacional "Faixa e Rota", lançado por Pequim, tem registado "progresso substancial" no país, incluindo a construção de fundições de níquel e da primeira ligação ferroviária de alta velocidade do Sudeste Asiático.

A Indonésia pretende desempenhar um papel mais relevante no fornecimento de níquel e outras matérias-primas aos fabricantes chineses de automóveis elétricos, um setor em rápido crescimento.

No domingo, Subianto recebeu Li numa cerimónia no Palácio Merdeka, em Jacarta, antes de ambos se encontrarem à porta fechada para uma reunião bilateral.

"A atual situação internacional atravessa uma enorme perturbação, e o desenvolvimento pacífico enfrenta numerosos fatores incertos e instáveis", afirmou Li, no discurso de abertura.

Subianto sublinhou a estreita relação histórica entre a Indonésia e a China, afirmando que os dois países vivem um momento importante nas relações bilaterais.

"Reitero o nosso empenho em reforçar a nossa parceria estratégica global com o povo e o Governo da China", afirmou. "Acreditamos que isso trará benefícios não apenas para os dois países, mas também para toda a região asiática", vincou.

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