Estados Unidos já aceitaram (formalmente) avião oferecido pelo Qatar

A aeronave foi oferecida quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, esteve de visita ao Médio Oriente.

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© JIM WATSON/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
21/05/2025 20:11 ‧ ontem por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Estados Unidos

Os Estados Unidos aceitaram formalmente um avião 747 como presente do governo do Qatar ao presidente norte-americano, Donald Trump, após a sua visita ao Médio Oriente durante a semana ada.

 

"A secretaria de Defesa aceitou o Boeing 747 do Qatar em conformidade com todas as regras e regulamentos federais", disse o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, citado pelo The New York times, acrescentando que "o departamento irá trabalhar irá trabalhar para assegurar as devidas medidas de segurança e os requisitos de missão funcional  para que a aeronave seja utilizado como meio de transporte do presidente".

O avião, que terá um custo estimado de 400 milhões de dólares (357 milhões de euros), ará por um trabalho longo antes que seja considerado seguro para que Donald Trump possa usufruir dele.

O secretário da Força Aérea afirmou que "qualquer aeronave civil precisará de modificações significativas" para que seja o transporte do presidente, sendo que o avião só deverá estar pronto em 2027 ou 2028.

Confrontado hoje na Casa Branca por um jornalista sobre a oferta do Qatar, Trump ficou visivelmente irritado, sublinhou que o destinatário será a Força Aérea e justificou-a com atrasos da fabricante Boeing para fornecer um novo avião para uso presidencial.

Perante a insistência do jornalista da cadeia televisiva NBC, Trump insultou-o, chamando-o de "péssimo jornalista", "idiota" e "uma desgraça", proibindo-o de fazer mais perguntas e  sugerindo mesmo que os seus editores deveriam "ser investigados".

Na segunda-feira, o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, propôs uma lei que impediria Donald Trump de utilizar este Boeing como seu avião presidencial.

Especificamente, proibiria o Departamento de Defesa de utilizar o dinheiro dos contribuintes norte-americanos para converter qualquer aeronave que tenha pertencido anteriormente a um governo estrangeiro num avião presidencial.

Contudo, os democratas não têm maioria no Congresso e os legisladores republicanos não têm manifestado oposição à oferta do Qatar.

Na semana ada, Schumer considerou a oferta do reino do Médio Oriente "pura corrupção e uma grave ameaça à segurança nacional", anunciando que travará a confirmação das nomeações do Presidente para o Departamento de Justiça.

Nos Estados Unidos, a Constituição exige que as nomeações de ministros e outros altos responsáveis governamentais sejam confirmadas pelo Senado.

Embora os democratas estejam em minoria no Senado, dispõem de meios legislativos para abrandar consideravelmente o processo.

Após o anúncio deste presente do Qatar, Schumer apelou a uma unidade especializada do Departamento de Justiça para que "faça o trabalho e divulgue todas as atividades de agentes estrangeiros do Qatar nos Estados Unidos que possam beneficiar o Presidente Trump ou a Trump Organization", a 'holding' familiar do multimilionário republicano.

Trump, defendeu firmemente a decisão de aceitar um Boeing 747-8 oferecido pelo Qatar, considerando-a "um gesto simpático" e insistindo que seria "estúpido" recusar.      

Questionado por um jornalista, Trump garantiu que não iria utilizar o avião para fins pessoais após o final do mandato, como noticiado pela ABC News.

A emissora norte-americana disse que os advogados da Casa Branca e do Departamento de Justiça elaboraram uma análise, que entregaram ao secretário da Defesa, concluindo que é legal o Departamento da Defesa aceitar o avião e depois o entregar ao acervo presidencial de Trump, quando este terminar o mandato em 2029, o que lhe permitiria continuar a utilizá-lo como cidadão privado.

Este poderá ser o bem mais caro alguma vez doado ao governo dos EUA.  

A Organização Trump, o conglomerado empresarial de Donald Trump, anunciou no final de abril que vai começar a desenvolver o primeiro projeto imobiliário no Qatar, com a construção de um clube de golfe e moradias na zona costeira de Simaisma, na capital, Doha.

Trump realizou na semana ada uma viagem oficial à Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes Unidos, a sua primeira ao estrangeiro desde que tomou posse no final de janeiro.

Recorde-se que a imprensa britânica deu ainda conta de que o avião do Qatar foi fotografado em Palm Beach, no estado norte-americano, em fevereiro, onde Trump o lhe fez um 'inspeção'. Atualmente, estará equipado com três quartos, uma sala privada e um escritório, de acordo com o seu documento de síntese de especificações de 2015.

[Notícia atualizada às 20h45]

Leia Também: Trump confronta presidente sul-africano e momento gera tensão

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