BAD prevê que Angola cresça 3% este ano e 3,6% em 2026 face a desafios

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) classificou hoje as perspetivas macroeconómicas de Angola como desafiantes, prevendo taxas de crescimento de 3% este ano e 3,6% em 2026, numa análise à situação do país.

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Lusa
27/05/2025 23:14 ‧ ontem por Lusa

Economia

BAD

"Os efeitos combinados da queda dos preços globais do petróleo (...) e o impacto potencial das tarifas recíprocas de 32% dos EUA, reduzirão as receitas e restringirão o crescimento do PIB para 3% em 2025 e 3,6% em 2026", segundo o BAD, abaixo do "valor base" considerado pelo BAD que é de 4%. 

 

A inflação deverá "manter-se elevada, em 23,4%, em 2025, impulsionada pelos preços dos alimentos e pela desvalorização da moeda, mas poderá descer para 17,7% em 2026", acrescentou a instituição financeira, no capítulo dedicado a Angola no relatório de Perspetivas Económicas Africanas (AEO, sigla inglesa) de 2025.

O AEO 2025 foi publicado hoje, durante as reuniões anuais do BAD que decorrem em Abidjan, Costa do Marfim, cujo tema central é dedicado à mobilização dos recursos do continente, libertando-o de dependência externa.

Em 2024, o PIB real de Angola cresceu 4,4%, acima dos 1,1% de 2023, "graças a um crescimento robusto do setor não petrolífero", recordou o BAD, ao o que a inflação se manteve elevada, em 28,2%.

Segundo o banco, o défice orçamental de Angola deverá aumentará de 1,7% do PIB em 2025 para 2,1% em 2026, "refletindo o aumento das despesas para revitalizar a economia e a caminho das eleições de 2027". 

A dívida pública deverá crescer para 63,9% do PIB em 2025, mas "continua sustentável, numa perspetiva futura e abaixo do limite de 70%, do FMI". 

A queda da produção e dos preços do petróleo pesará sobre as exportações, reduzindo o excedente da balança corrente para menos de 3% do PIB em 2025-26. 

"A instabilidade na produção e nos preços do petróleo, os deslizes na reforma dos subsídios aos combustíveis, as tensões comerciais globais e as alterações climáticas podem prejudicar o crescimento, tornando a diversificação económica essencial para mitigar os riscos de queda", recomendou o BAD.

*** A agência Lusa viajou a convite do BAD ***

Leia Também: Banco Africano de Desenvolvimento. Adesina deixa recordes a próximo líder

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