Os rivais de Lisboa voltam a encontrar-se no domingo, no jogo decisivo da edição de 2024/25, no Estádio Nacional, onde, há 29 anos, o Benfica se impôs por 3-1, com um golo de Mauro Airez e dois de João Vieira Pinto, tendo Carlos Xavier reduzido para o Sporting, na sequência de uma grande penalidade da qual resultou a expulsão de Ricardo Gomes já perto do final.
A tradicional festa que acompanha a final da Taça de Portugal foi substituída pela consternação pela morte de um adepto do clube de Alvalade, Rui Mendes, ao ser atingido por um foguete 'very-light' lançado por um simpatizante benfiquista, Hugo Inácio, logo após o primeiro golo do encontro, marcado pelo avançado argentino.
A primeira vez que as duas equipas discutiram o troféu aconteceu na época 1951/52 e resultou na final com mais golos na história da prova, com os 'encarnados' a vencerem por 5-4 com um golo decisivo de Rogério Pipi, aos 90 minutos.
O avançado foi o principal responsável pelo sucesso do Benfica, ao concretizar um 'hat-trick', tendo Corona e José Águas 'faturado' também para a equipa da Luz, com Albano Pereira, Rola, autor de um 'bis', e João Martins a responderem, parcialmente, para o Sporting.
Recordista destacado de títulos na Taça de Portugal, com 26 troféus conquistados, o Benfica construiu parte desse palmarés frente ao Sporting, ao qual se impôs nas duas ocasiões seguintes em que se cruzaram no Jamor, em 1954/55, por 2-1, e em 1969/70, por 3-1.
Na primeira ocasião, os 'leões' até começaram a ganhar, com um golo de João Martins, mas dois tentos de Arsénio consumaram a reviravolta no resultado. Na segunda, 15 anos mais tarde, o Benfica chegou ao 3-0, através de Artur Jorge, José Torres e António Simões, tendo Fernando Peres reduzido perto do fim.
O Sporting desforrou-se na época seguinte (1970/71), ao bater o maior rival de forma categórica, por 4-1, com golos de Dinis, Nélson Fernandes e um 'bis' de Chico Faria, aos quais o Benfica apenas conseguiu contrapor com o tento solitário de Eusébio.
A maior figura benfiquista (e uma das maiores do futebol português) reclamou todo o protagonismo um ano mais tarde, ao apontar os três golos no triunfo por 3-2, em 1971/72, o último já perto do fim do prolongamento, aos 118 minutos, na terceira final seguida com o Sporting, que marcou por Fernando Peres e Dinis.
Os dois clubes disputaram quatro vezes o jogo decisivo no início da década de 70 e, na derradeira, em 1973/74, a equipa 'verde e branca' conquistou um dos seus 17 títulos, alcançando também o último triunfo sobre o adversário, por 2-1, igualmente após prolongamento.
O Benfica, que tinha inaugurado o marcador na primeira parte, por Nené, parecia ter o troféu ao seu alcance, mas o golo tardio de Chico Faria, aos 89 minutos, adiou a decisão para o tempo extra, no qual o remate certeiro Marinho resolveu a questão a favor do Sporting.
Os 'encarnados' ganharam pela mesma margem (2-1), em 1986/87, graças ao 'bis' de Diamantino, que o golo de Marlon Brandão não foi suficiente para contrariar, na penúltima vez que discutiram o troféu com os 'leões', antes da trágica final de 1995/96.
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