Os festejos do bicampeonato do Sporting, ocorridos na noite de sábado e que se prolongaram para a madrugada de domingo, continuam a dar que falar por conta da ação policial e dos incidentes com adeptos, alguns deles que ficaram feridos e que tiveram mesmo de ser hospitalizados. O caso mais grave aconteceu com Bernardo Topa, que fora atingido por uma bala de borracha, que diz ter sido disparada pela PSP, acabando por ficar cego de um olho.
Desde então nas redes sociais têm sido difundidas imagens que mostram a ação da polícia num momento de maior tensão na Praça do Saldanha, perto do Marquês de Pombal, para onde o autocarro dos jogadores do Sporting se dirigia, e que também mostram o momento em que foram disparadas balas de borracha.
No entanto, e tal como refere fonte policial ao Expresso, esta quinta-feira, esta ação mais musculada por parte da PSP surgiu em resposta aos cinco petardos lançados para uma zona onde estavam vários agentes e outros tantos adeptos do Sporting, que por ali estavam à espera para saudar os jogadores.
A polícia teve de agir e foi aí que recorreu às balas de borracha, com o intuito de desencorajar o lançamento de mais objetos pirotécnicos que chegaram a provocar queimaduras ligeiras em alguns dos agentes.
Enviaram-me um vídeo onde se vê um polícia a disparar indiscriminadamente. Qual a necessidade desta merda? O que de grave este adepto fez, para levar um tiro, ainda que de bala de borracha? Que caralho. pic.twitter.com/gsBirS2zv2
— Tiago Francisco (@tiagofrancisco) May 21, 2025
PSP já investiga ação policial
De resto, a PSP já havia anunciado, na segunda-feira, a instauração de um inquérito aos polícias envolvidos na operação na Praça do Saldanha, em Lisboa, para "repor a ordem pública" após arremessos de artigos de pirotecnia nos festejos do Sporting que causaram alguns feridos.
"Lamentavelmente, a PSP teve conhecimento de ferimentos em cidadãos, aos quais foi prestado todo o auxílio, ando de imediato o INEM para prestação de socorro especializado e apoio médico", lamentou a Direção Nacional da PSP, em resposta à Lusa.
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