As buscas pedidas pela polícia alemã no âmbito da investigação sobre o desaparecimento de Madeleine McCann na Praia da Luz, há 18 anos, funcionam como um derradeiro teste ao caso, numa altura em que o tempo se esgota, segundo fonte da investigação.
"Os polícias alemães sabem que é agora ou nunca, por isso precisam de avançar com todas as pistas credíveis que têm.", disse a referida fonte em declarações ao britânico The Sun, referindo que os investigadores precisam de provas forenses para acusar Christian Brückner, declarado pela polícia alemã como principal suspeito do sequestro e assassínio da criança.
Segundo a mesma fonte, "após o julgamento de Brückner no ano ado", alguém ou os investigadores "com teorias sobre o local onde alguém que levou a Madeleine a poderia ter deixado, ou as suas roupas".
"Falaram aos polícias sobre as trincheiras que foram cavadas na Praia na altura em que a Madeleine desapareceu - e sobre a casa onde Brueckner tinha vivido na periferia da vila", indicou.
"Claro que todos estes sítios foram revistados vezes sem conta - mas agora têm uma nova arma", acrescentou, referindo-se a um equipamento de radar capaz de efetuar uma varredura por baixo do solo.
De acordo com a fonte, "significa que não precisam de escavar por escavar". "Assim que detetam algo de interesse, estão prontos para escavar e verificar. Com o tempo a esgotar-se, estão a rezar para que consigam uma descoberta", realçou.
De recordar que a Polícia Judiciaria (PJ) tem hoje 30 inspetores empenhados nas diligências pedidas pela polícia alemã, segundo adiantou fonte policial à Lusa.
Os trabalhos arrancaram ao início da manhã de hoje e deverão prolongar-se até sexta-feira.
As buscas decorrem numa vasta área entre a cidade de Lagos e a Praia da Luz, onde o principal suspeito habitou na altura do desaparecimento.
A fonte disse ainda que tudo o que for recolhido ficará na posse da polícia alemã, detentora da investigação, para análise.
De acordo com a imprensa alemã, vão ser analisadas mais de 20 parcelas de terreno na zona leste da Praia da Luz, perto da casa de campo onde o suspeito vivia e perto do local onde Madeleine desapareceu.
A Polícia Metropolitana de Londres, recorde-se, disse que não estaria presente nas buscas, mas que "apoiaria" os colegas internacionais "sempre que necessário".
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