Força Aérea confirma buscas. Diz estar "a colaborar ativamente com DCIAP"

A Força Aérea confirmou hoje que elementos do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público se encontram nas instalações do Estado-Maior, em Alfragide, Lisboa, com quem o ramo está a "colaborar ativamente".

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© Força Aérea Portuguesa Twitter

Lusa
29/05/2025 11:57 ‧ há 2 dias por Lusa

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Estas informações constam de um comunicado, enviado à imprensa pela Força Aérea, depois de esta manhã, numa outra nota, a Polícia Judiciária (PJ) ter anunciado que fez 28 buscas, em vários pontos do país, por suspeitas de corrupção e burla relacionadas com os concursos públicos para o combate aos incêndios rurais, num valor que ronda os 100 milhões de euros.

 

"Mais se informa que, desde o primeiro momento, a Força Aérea está a colaborar ativamente com o DCIAP, promovendo todo o apoio às necessárias diligências", sublinha este ramo das Forças Armadas.

Mais tarde, numa nota enviada à agência Lusa, o Ministério da Defesa Nacional adiantou que já solicitou à Força Aérea "todas as informações disponíveis" e que fará "uma declaração em momento oportuno e em função das informações recolhidas".

De acordo com a Polícia Judiciária (PJ), na operação Torre de Controlo foram constituídas arguidas várias pessoas singulares e coletivas.

Os mandados de busca e apreensão decorreram em domicílios e sociedades comerciais e de contabilidade e em organismos públicos, nos distritos de Lisboa, Beja, Faro, Castelo Branco, Porto e Bragança.

As investigações envolvem suspeitas de corrupção ativa e iva, burla qualificada, abuso de poder, tráfico de influência, associação criminosa e de fraude fiscal qualificada.

Segundo a nota da PJ, estas sociedades comerciais sediadas em Portugal, que faziam parte de uma "complexa rede" estabelecida pelo menos desde 2022, têm vindo a controlar a participação nos concursos públicos no âmbito do combate aos incêndios rurais em Portugal, no valor de cerca de 100 milhões de euros.

Estes concursos públicos incidem na compra de serviços de operação, manutenção e gestão da aeronavegabilidade dos meios aéreos próprios do Estado, dedicados exclusivamente ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR).

O objetivo da rede agora alvo de buscas seria que o Estado português ficasse com carência de meios aéreos e, dessa forma, se sujeitasse aos subsequentes preços mais elevados destas sociedades comerciais, explica a PJ.

[Notícia atualizada às 13h04]

Leia Também: ANAC confirma buscas da PJ relacionadas com meios de combate a incêndios

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