O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, planeia voltar a falar com PSD, PS e Chega na quinta-feira sobre a constituição do futuro Governo. Nesse mesmo dia, "se tiver condições", avançará logo com uma "nota de indigitação" de Luís Montenegro como primeiro-ministro.
"Se tiver condições para, logo nesse dia, fazer uma nota de indigitação, faço. Estou a trabalhar para haver estabilidade, que significa quatro anos de legislatura, mas é uma indelicadeza referir-me ao que ultraa o meu mandato. Para já é muito importante o arranque para todo o ano de 2025 e começo de 2026. Depois de falar com eles confirmarei – ou não – em que termos é possível", afirmou Marcelo, à saída de uma conferência sobre os 80 anos da CUF.
Sem fechar cenários, o Presidente prefere esperar para ver como cada partido "se define".
"Um dos partidos já se definiu como potencial líder da oposição, mas é preciso comprovar se realmente a. Pode não querer acordos nenhuns e ser líder da oposição. O outro, vamos ver como se define. O líder anterior definia-se como oposição à agem do Governo, vamos ver como é agora. Em função disso temos o retrato e vamos ver até onde vai, se vai até ao programa do Governo ou além disso”, defendeu o Presidente da República.
Sobre se tenciona receber José Luís Carneiro, candidato a secretário-geral do PS, o chefe de Estado respondeu: "Eu vou falar com a delegação que vier do PS, quem escolhe são eles".
Quanto às novas audiências aos três maiores partidos com assento parlamentar, o Presidente da República referiu que o calendário "já está definido" e irá recebê-los às 15h00, 16h00 e 17h00 de quinta-feira, dia seguinte ao apuramento dos resultados dos círculos da emigração.
Na sexta-feira, Marcelo já tinha afirmado que faltava "ainda três conversas muito importantes". E prosseguiu: "Portanto, até dia 29 vamos esperar pelos resultados provisórios do dia 28. Vamos esperar pela posição de quem quer assumir a liderança do PS e vamos esperar para ver se o Chega a a segundo partido (...) e a líder da oposição ou não".
Questionado sobre o caso do dermatologista que ganhou 400 mil euros por dez sábados de trabalho no Hospital de Santa Maria e o atropelamento desta tarde, no Reino Unido, durante os festejos pela conquista do campeonato de futebol pelo Liverpool, Marcelo respondeu ainda não ter "dados para poder falar".
"Vou apurar", garantiu.
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