Segurança "estranhamente reduzida" no dia do ataque a Miguel Uribe

O Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou hoje que o dispositivo de segurança de Miguel Uribe Turbay, senador e pré-candidato presidencial baleado no domingo em Bogotá, foi "estranhamente reduzido" no dia do ataque.

miguel uribe

© Juancho Torres/Anadolu via Getty Images

Lusa
09/06/2025 21:54 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Colômbia

"Solicitei ao Conselho de Segurança que investigasse este incidente o mais detalhadamente possível", afirmou Petro na rede social X.

 

O Presidente do país sul-americano detalhou que o dispositivo que protegia Uribe Turbay foi "estranhamente reduzido" no dia do ataque, de sete para três pessoas.

O atentado ao senador Miguel Uribe Turbay, do Centro Democrático, ocorreu no sábado, durante uma ação de campanha no oeste de Bogotá e causou comoção nacional e preocupação com a segurança dos políticos na campanha que está a começar para as eleições legislativas e presidenciais de 2026.

Miguel Uribe, de 39 anos, continua hospitalizado na Fundação Santa Fé de Bogotá, onde, segundo um boletim médico hoje div

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ulgado, "se mantém em estado crítico e tem tido escassa resposta às intervenções e tratamentos médicos realizados".

O agressor, conforme confirmado pela Procuradoria, era um adolescente que foi capturado logo após o atentado e será hoje indiciado numa audiência judicial.

Petro, que tem feito diversas publicações nas últimas horas sobre o atentado, afirmou hoje que ele próprio é um alvo, aludindo a inimigos dentro e fora do país.

"Sei que a minha cabeça já tem um preço e está a ser entregue a forças obscuras, neonazis e não republicanas, tanto nacionais como estrangeiras. Chegaram a exigir que a Mossad [serviços de informações israelitas] realizasse uma operação de extração", afirmou o Presidente colombiano.

Eleito em 2022 pelo movimento Colômbia Humana (esquerda), Petro diz estar mandatado para "um governo de paz, de vida e de mudança em busca de um Estado de Direito e de justiça social", manifestando "firmeza" nesse propósito.

Sobre as causas do atentado contra a vida do senador, Petro afirmou haver "muitas e diferentes" hipóteses e criticou o aproveitamento do caso para "fins eleitorais".

"Tenho observado o comportamento prudente de muitos dos meus adversários, mas outros são definitivamente suicidas para a sociedade e para a paz e procuram impedir o governo de apoiar as classes trabalhadora e popular do país", referiu o chefe de Estado colombiano.

O ministro da Defesa, Pedro Sánchez Suárez, informou que o seu Ministério oferecerá uma recompensa de até 1.000 milhões de pesos (cerca de 210.000 euros) por informações sobre ameaças contra líderes políticos.

"Oferecemos uma recompensa de até mil milhões de pesos a quem fornecer informações verdadeiras e pertinentes que permitam antecipar e neutralizar qualquer ameaça contra os nossos líderes políticos", escreveu Sánchez Suárez na sua conta da rede social X.

O ex-presidente colombiano Álvaro Uribe denunciou hoje que foi informado pela "serviços de informações internacionais" sobre a preparação de um novo atentado contra ele.

Uribe aproveitou também para, ao mesmo tempo, criticar o Governo por, segundo ele, não ter prestado atenção à gravidade do ataque ao senador Miguel Uribe Turbay.

"Enquanto Miguel luta pela vida, o Governo fala de outros assuntos e dele partem convites para procurarmos acordos que impeçam novos massacres. E os serviços de informações internacionais informam-me da preparação de outro atentado contra mim", escreveu na sua conta da rede social X o ex-chefe de Estado, que governou a Colômbia entre 2002 e 2010.

Mais de 20 antigos governantes ibero-americanos condenaram no domingo o ataque contra Uribe, alertando que ocorre num contexto em que existem ameaças a "todas as instituições democráticas" no país.

Um total de 27 antigos chefes de Estado e de Governo, entre os quais José María Aznar e Mariano Rajoy (Espanha), Vicente Fox (México), Mauricio Macri (Argentina), Álvaro Uribe ou Andrés Pastrana (Colômbia), subscrevem uma petição que acusa o Governo colombiano (esquerda) de promover a "ameaça a todas as instituições democráticas".

Numa declaração assinada, os membros da Iniciativa Democrática de Espanha e das Américas (IDEA) apelaram à comunidade democrática internacional e interamericana para que "esteja muito atenta a estes acontecimentos e tome as medidas urgentes necessárias".

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