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Lula não quer que acordo UE-Mercosul "prejudique produtores ses"

O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu hoje que o acordo do Mercosul com a União Europeia (UE), que envolve 31 países e não apenas a França e o Brasil, não pretende "prejudicar os produtores ses".

Lula da Silva, Emmanuel Macron

© Nathan Laine/Bloomberg via Getty Images

Lusa
07/06/2025 13:00 ‧ há 10 horas por Lusa

Mundo

UE-Mercosul

"Não quero que um produtor brasileiro prejudique um produtor francês. Eu quero que a gente se encontre e veja onde é que está o problema. Não é ideológico, é simplesmente económico. E vamos discutir para ver o que a gente pode fazer. Estou convencido que até eu deixar a presidência do Mercosul (em dezembro), vamos ter esse acordo assinado", afirmou Lula da Silva numa conferência de imprensa em Paris.

 

Segundo o líder brasileiro, o Parlamento Europeu deverá aprovar o acordo, porém o acordo entre a UE e o Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai) "tem de ser coletivo", não é apenas "um acordo unilateral entre a França e o Brasil", já que o Presidente francês, Emmanuel Macron, tem reiterado as suas críticas ao atual texto do acordo, por representar um risco para a agricultura dos países europeus.

"Há uma necessidade política na França de vender a ideia de que se houver um acordo entre a UE e o Mercosul, a agricultura sa e a europeia vão ter prejuízo, porque eles não conseguem competir com o agronegócio brasileiro", acrescentou, defendendo uma "complementaridade" entre as agriculturas dos dois países.

Lula voltou a rebater esta perspetiva afirmando que Macron "se queixa de um acordo que foi feito pelo Governo brasileiro anterior", que nem o seu próprio Governo aceitou, por essa razão foram feitas mudanças.

"Não queremos prejudicar o produtor francês. Eu não quero prejudicar. Não está na minha cabeça que a gente faça um acordo para matar o pequeno e médio produtor francês. O que quero é os pequenos produtores ses junto com os pequenos produtores brasileiros", defendeu.

Os dois líderes estarão juntos em novembro na 30.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém, no coração da Amazónia brasileira.

O acordo com o bloco que integra Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai deve permitir à UE exportar mais automóveis, máquinas e bebidas espirituosas, em troca da entrada de carne, açúcar, arroz, mel ou soja sul-americanos, sendo apoiado por países como a Alemanha e a Espanha, mas contestado por vários países europeus.

Na quinta-feira, no primeiro dia da visita de Estado de Lula da Silva em Paris, a primeira em 13 anos, durante a conferência de imprensa no Eliseu com o Presidente francês, Emmanuel Macron, o Presidente brasileiro instou o homólogo francês a aceitar o acordo comercial entre a UE e o Mercosul nos seis meses da presidência brasileira deste bloco.

Lula da Silva segue agora para o Mónaco para um fórum sobre a economia marítima, antes da terceira conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos em Nice e depois a Lyon, onde visitará a sede da Interpol, cujo atual secretário-geral é pela primeira vez um brasileiro.

Leia Também: Lula 'dá tudo' e imita acrobata durante visita a exposição com Macron

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