"Nas atuais circunstâncias, não há motivos para uma retomada em grande escala do pacto Novo START", declarou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Sergei Riabkov, numa entrevista à agência noticiosa estatal TASS.
Riabkov, um dos vários vice-ministros do chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, referiu que o tratado termina o ciclo de vida em cerca de oito meses (05 de fevereiro de 2026).
"Falar do realismo de tal cenário está a perder cada vez mais significado", afirmou, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
Riabkov recusou-se em março de 2023 a rever a suspensão do tratado até que os Estados Unidos mudassem a posição sobre a Ucrânia sob o comando do ex-presidente, Joe Biden.
O vice-ministro russo disse à TASS que a "revitalização das relações russo-americanas" era necessária para reiniciar o pacto sobre a redução e o controlo das armas nucleares.
O Presidente russo, Vladimir Putin, suspendeu o tratado nuclear bilateral no final de fevereiro de 2023.
O tratado, cujo texto inicial foi assinado em 1991, limita a 1.550 o número de ogivas que os dois países podem ter, além de prever garantias de inspeção e transparência.
O Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas foi assinado em 2010 pelos então presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Dmitri Medvedev.
As relações russo-americanas deterioraram-se desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, desencadeando uma guerra sem fim à vista que já causou dezenas de milhares de mortos dos dois lados.
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