O ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, defendeu, na terça-feira, que as negociações de paz na Ucrânia, que decorrem em Istambul, na Turquia, têm como objetivo "garantir uma vitória rápida" de Moscovo e não chegar a um "compromisso".
"As negociações em Istambul não têm como objetivo chegar a um compromisso de um acordo de paz baseado nos termos delirantes de outra parte, mas sim garantir a nossa vitória rápida e a destruição completa do regime neonazi", escreveu Medvedev, na rede social Telegram.
Segundo o responsável, "é disso que se trata o memorando russo", que foi apresentado a Kyiv, na segunda-feira, e estabelece as exigências russas para o fim do conflito.
Medvedev acrescentou ainda que, após um aumento de ataques ucranianos durante o fim de semana, a "retaliação é inevitável".
"O nosso exército está a avançar e continuará a avançar. Tudo o que precisa de ser destruído será destruído, e aqueles que precisam de ser eliminados serão eliminados", assegurou.
Sublinhe-se que, no fim de semana, a Ucrânia levou a cabo a operação Spider's Web (Teia de Aranha), onde aparelhos aéreos não tripulados (drones) ucranianos lançados a partir de camiões atacaram cinco aeródromos militares, dois dos quais na Sibéria, que foi pela primeira vez alvo de ataques das forças de Kyiv.
O Ministério da Defesa russo itiu que os drones conseguiram atingir o objetivo em dois casos: os aeródromos de Irkutsk e Murmansk.
A Ucrânia reclamou a destruição de um terço dos aviões militares da Rússia que integram um dos três elementos da estratégia nuclear de Moscovo, juntamente com os submarinos atómicos e os mísseis intercontinentais.
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