Xu foi vice-presidente da Comissão Militar Central --- o organismo que tutela o Exército de Libertação Popular (ELP), o braço armado do Partido Comunista da China --- durante os primeiros anos do governo de Xi.
Na altura, o líder máximo da China integrou o exército e a marinha em órgãos de liderança há muito dominados pelas forças terrestres.
Xu era descrito como "um excelente membro do Partido Comunista da China, um soldado comunista leal e testado ao longo do tempo, um estratega militar proletário e um líder extraordinário do Exército de Libertação Popular", segundo um comunicado emitido pelo ministério.
Xu ingressou no ELP em 1966, numa altura em que a China estava mergulhada no caos e na violência da Revolução Cultural, que durou uma década sob a liderança do fundador da República Popular, Mao Zedong.
Depois de subir na hierarquia, Xu exerceu uma influência considerável como vice-presidente da Comissão Militar Central, tendo permanecido incólume à campanha anticorrupção, que derrubou vários outros altos dirigentes militares, no ativo e na reforma, incluindo dois antigos ministros da Defesa.
A China não trava uma campanha militar de grande escala desde a Guerra da Coreia (1950--53), pelo que Xu construiu a sua carreira sobretudo com base na adesão à linha do partido e na fidelidade aos sucessivos líderes do regime, que, tal como Xi atualmente, acumulavam também a presidência da Comissão Militar Central.
Xu ajudou ainda a supervisionar a transformação do ELP numa força de combate moderna, substituindo os jatos da era da Guerra Fria por caças furtivos e bombardeiros com capacidade nuclear.
Manteve igualmente os com delegações estrangeiras, incluindo o então secretário da Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, em 2018, com quem discutiu "a importância de os militares substanciais entre forças armadas, para reduzir o risco e a incerteza estratégica".
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