O Hamas respondeu, este sábado, através de mediadores, à proposta do enviado especial dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Steve Witkoff, para um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Através de um comunicado, publicado no Telegram, e citado pelo Al Jazeera, o grupo islamita dá conta de que "esta proposta visa alcançar um cessar-fogo permanente", assim como "a retirada" do exército israelita e também "assegurar o fluxo de ajuda" à população de Gaza.
"Como parte deste acordo, dez prisioneiros israelitas vivos serão libertados e 18 corpos serão devolvidos, em troca de um número acordado de prisioneiros palestinianos", escreveu o Hamas.
De acordo com a estação televisiva Al Jazeera, Israel ainda não reagiu à declaração do Hamas.
De recordar que o plano, apresentado a ambas as partes pelo enviado especial dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Steve Witkoff, conta com o apoio israelita, mas encontrou resistência no Hamas, que considera que "não satisfaz nenhuma das exigências justas e legítimas" do povo palestiniano.
Entre as reivindicações dos palestinianos estava "o cessar imediato das hostilidades e o fim da catástrofe humanitária".
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel, em 07 de outubro de 2023, que causou a morte de 1.218 pessoas do lado israelita, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais. Foram ainda raptadas 251 pessoas.
Uma trégua de 19 de janeiro a 17 de março permitiu que 33 reféns, incluindo oito mortos, regressassem a Israel em troca da libertação de cerca de 1800 palestinianos presos em Israel.
[Notícia atualizada às 16h50]
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