Ex-MNE alemã é candidata única a presidente da Assembleia-Geral da ONU

A ex-ministra dos Negócios Estrangeiros (MNE) da Alemanha Annalena Baerbock é a candidata única à presidência da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), numa eleição agendada para a próxima segunda-feira.  

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Lusa
31/05/2025 09:40 ‧ ontem por Lusa

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A eleição para a presidência da 80.ª Assembleia-Geral da ONU terá início às 10h00 (hora local, 15:00 em Lisboa) e seguirá a rotação regional estabelecida, que para este ano determina a escolha de um candidato do "Grupo da Europa Ocidental e Outros Estados" - para a qual a Alemanha garantiu o lugar após negociações com Estados-membros. 

 

Baerbock deverá tornar-se a quinta mulher a assumir o cargo, que é renovado anualmente, em comparação com os 75 homens que o ocuparam ao longo de 80 anos de história das Nações Unidas. 

A ex-ministra alemã, de 44 anos, descartou ocupar qualquer cargo de liderança no seu partido, Verdes, após os resultados dececionantes dos ambientalistas nas últimas eleições gerais alemãs. 

A política alemã substituirá no cargo da ONU o camaronês Philémon Yang. 

Embora a função de presidente da Assembleia-Geral não tenha a mesma importância da de secretário-geral de toda a Organização das Nações Unidas, o facto de ser uma mulher é considerado altamente simbólico num momento em que crescem os pedidos para que a liderança da ONU também seja ocupada por uma mulher, algo que nunca aconteceu antes.  

Na sua declaração de visão, Annalena Baerbock comprometeu-se com a "responsabilidade compartilhada de proteger as conquistas adas, abordar as questões globais atuais e adaptar-se aos desafios futuros". 

Sob o lema "Melhor Juntos", a alemã garantiu que se envolverá em diálogos com todos os Estados-membros da ONU para construir consenso, "para que as Nações Unidas possam servir às gerações presentes e futuras". 

O seu foco estará igualmente na reforma e transparência nas Nações Unidas, disse. 

"Diante de desafios sem precedentes, a hora de agir é agora", acrescentou, na sua declaração de visão apresentada em seis idiomas oficiais das Nações Unidas. 

A Assembleia-Geral é o órgão no qual os 193 Estados-membros da ONU se sentam em pé de igualdade e tem uma função exclusivamente representativa, uma vez que o verdadeiro poder é exercido pelo Conselho de Segurança (com capacidade de fazer aprovar resoluções com caráter vinculativo), que conta com cinco potências como membros permanentes e com direito de veto: Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França. 

Os poderes do presidente da Assembleia-Geral incluem a supervisão do orçamento da ONU, a nomeação dos membros não-permanentes para o Conselho de Segurança e a condução do processo de nomeação do secretário-geral da ONU. 

Outras atribuições incluem receber relatórios de outras áreas das Nações Unidas, fazer recomendações na forma de resoluções, bem como estabelecer vários órgãos subsidiários. 

O professor catedrático e político português Diogo Freitas do Amaral foi presidente da 50.ª Assembleia-Geral da ONU entre setembro de 1995 e setembro de 1996. 

A 80.ª sessão da Assembleia-Geral da ONU terá início no próximo mês de setembro. 

Leia Também: ONU alerta para pobreza no Ruanda, apesar dos avanços económicos

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