Na última contagem foram recuperados 88 corpos, segundo Husseini Isah, da Agência Nacional de Gestão de Emergências (SEMA, na sigla em inglês), acrescentando que "muitas outras pessoas ainda estão em risco".
Esta manhã, de acordo com a SEMA, e segundo noticiou a agência -Press (AFP), pelo menos 36 pessoas tinham perdido a vida nas inundações. "O número continua a aumentar" e atinge, agora, o número de 88 mortos, disse Isah à Associated Press (AP).
As inundações, causadas por chuvas torrenciais na noite de quarta-feira, destruíram mais de 50 casas em Mokwa, cidade mercantil no estado de Níger, afogando moradores e deixando um grande número de desaparecidos, segundo a SEMA.
De acordo com relatos locais, em que são citados residentes e autoridades governamentais locais, o colapso de uma barragem numa cidade próxima agravou a situação.
A Nigéria, o país mais populoso da África, é regularmente atingida por inundações durante a estação das chuvas, que vai de maio a setembro.
As alterações climáticas alimentam fenómenos meteorológicos mais extremos, segundo os cientistas.
As inundações, geralmente causadas por chuvas fortes e potenciadas pelas infraestruturas precárias, causam estragos todos os anos, matando centenas de pessoas.
Na Nigéria, as inundações são agravadas por uma drenagem inadequada, pela construção de casas em zonas inundáveis e pelo depósito de resíduos nos sistemas de saneamento.
A agência meteorológica alertou para possíveis inundações rápidas em 15 dos 36 estados da Nigéria entre quarta e sexta-feira.
Em 2024, mais de 1.200 pessoas morreram e 1,2 milhão foram deslocadas em pelo menos 31 dos 36 estados da Nigéria, o que constituiu uma das piores inundações do país em décadas, de acordo com a SEMA.
Face ao aumento, com grande intensidade, das inundações, o Presidente nigeriano, Bola Ahmed Tinubu, apelou no ano ado a um reforço dos meios atribuídos aos socorros e solicitou a criação de alertas para atenuar o impacto das catástrofes ambientais.
Por seu lado, os serviços de socorro insistem na necessidade de um maior apoio do Estado para fazer face à amplitude dos danos e limitar as perdas humanas.
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