A partir de 09 de junho, titulares de aportes da Arábia Saudita, Omã, Kuwait e Barém vão ser autorizados a entrar na China sem visto, para estadias até 30 dias, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.
A isenção, que abrange estadias para efeitos de negócios, turismo, visitas familiares ou intercâmbios culturais, estará em vigor durante um ano, a título experimental.
"Além da política abrangente de isenção de vistos mútuos implementada para os Emirados Árabes Unidos e o Qatar em 2018, as mais recentes medidas de isenção de vistos da China estendem-se agora aos seis Estados membros do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG)", indicou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning.
O país asiático, que manteve durante três anos as fronteiras praticamente encerradas, devido à pandemia da covid-19, ou a atribuir isenções de visto em 2023, inicialmente a cinco países europeus e, depois, a quase todos os países da União Europeia, incluindo Portugal, visando estimular o turismo internacional e o investimento estrangeiro.
No início deste mês, Pequim anunciou que alargou a isenção de vistos para cinco países sul-americanos: Brasil, Argentina, Chile, Peru e Uruguai.
O anúncio mais recente foi feito na sequência de um cimeira tripartida entre altos responsáveis da China, da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e do CCG, com o objetivo de reforçar os laços económicos regionais e atenuar o impacto da guerra comercial com os Estados Unidos.
O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, sugeriu durante o evento a criação de um "círculo económico vibrante" entre as três partes, através de intercâmbios mais profundos em benefício de cada nação e do desenvolvimento global.
"Devemos agarrar firmemente esta oportunidade histórica, enriquecer continuamente o poder da cooperação trilateral e esforçarmo-nos por criar um modelo de cooperação e desenvolvimento global", afirmou na sua intervenção inicial.
Li apelou também a um maior desenvolvimento regional e à construção de um "grande mercado partilhado", onde os recursos, as tecnologias e os talentos fluam de forma mais eficiente e onde haja "comércio e investimento mais livres e mais convenientes".
Com sede em Riade, o CCG é uma união política e económica constituída pelo Barém, Kuwait, Omã, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
A China e a ASEAN são os principais parceiros comerciais entre si, enquanto o CCG fornece mais de um terço das importações de petróleo bruto da China. A ASEAN, o CCG e a China têm um PIB conjunto de quase 25 biliões de dólares (22 biliões de euros) e um mercado de mais de dois mil milhões de pessoas.
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