Banco norte-americano Citigroup despede 3.500 funcionários na China

O banco norte-americano Citigroup despediu cerca de 3.500 colaboradores da divisão de tecnologia na China continental, no âmbito de uma estratégia global de redução de custos e reestruturação operacional, informou hoje o jornal Financial Times.

Citigroup

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Lusa
05/06/2025 09:39 ‧ ontem por Lusa

Economia

China

Os cortes afetam uma divisão sediada nas cidades de Xangai e Dalian, responsável pela prestação de serviços informáticos a operações do Citigroup em mais de 20 países.

 

Segundo informou o banco, alguns dos postos de trabalho serão relocalizados para outros países, "para ficarem mais próximos dos negócios e produtos que apoiam", sem, no entanto, revelar números ou destinos concretos.

A instituição financeira indicou ainda que o processo deverá estar concluído "no início do quarto trimestre".

"Apesar de ainda haver trabalho a fazer, muitos dos nossos esforços permitiram melhorar a eficiência da nossa forma de operar, da nossa força de trabalho e da presença global em termos de infraestruturas", afirmou Marc Luet, responsável do Citi para o Japão, norte da Ásia e Austrália, citado pelo Financial Times.

O banco, que mantém presença na China continental desde 1902, garantiu que a decisão não terá impacto nas operações bancárias da sua subsidiária chinesa, com sede em Xangai, nem na equipa tecnológica baseada em Cantão, que continua a prestar serviços à China continental e a Hong Kong.

Terceiro maior banco dos Estados Unidos em termos de ativos, o Citigroup tem procurado resolver desafios operacionais e de rentabilidade persistentes através de uma reestruturação profunda, que incluiu o despedimento de milhares de trabalhadores e uma simplificação da estrutura de gestão.

Marc Luet sublinhou ainda que o Citi "continua empenhado em avançar com a criação de uma empresa de valores mobiliários e futuros totalmente detida pelo grupo na China". Nos últimos anos, várias instituições financeiras estrangeiras têm tentado obter controlo total das suas operações no país, apesar do contexto económico e geopolítico desfavorável.

Este corte representa um dos maiores despedimentos registados entre grupos financeiros estrangeiros na China nos últimos anos, e reflete uma tendência crescente de redução de quadros na área tecnológica.

Em outubro, a Fidelity International procedeu ao corte de cerca de 500 postos de trabalho em Dalian. Já a IBM anunciou, no verão ado, a eliminação de mais de mil posições no mercado chinês.

Estes despedimentos inserem-se também num contexto mais alargado de redução de efetivos, motivado pela fraca dinâmica nas operações de fusões e aquisições e pelo abrandamento da economia chinesa. De acordo com dados compilados pelo Financial Times, com base nos relatórios anuais das subsidiárias locais, os bancos ocidentais reduziram em 13% a sua força de trabalho na China em 2023.

Leia Também: China oferece recompensas pela captura de piratas informáticos de Taiwan

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