O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, fechou a sessão no Intercontinental Exchange a cotar 73 cêntimos acima dos 63,90 dólares com que encerrou as transações na sexta-feira.
Durante a sessão, contudo, chegou a valorizar quatro por cento, devido ao aumento da tensão geopolítica entre a Federação Russa e a Ucrânia, depois do ataque com drones que esta fez no território russo.
"As cotações do petróleo subiram neste início de semana em contexto de crescentes tensões geopolíticas, ignorando um acordo amplamente esperado do OPEP+ para aumentar a produção em julho", apontou Fiona Cincotta, analista de mercado de Forex.
"O mercado só com um aumento persistente das tensões entre a Federação Russa e a Ucrânia consegue manter o aumento dos preços", acrescentou.
O grupo que junta os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) com aliados, como a Federação Russa, o designado OPEP+, decidiu no sábado aumentar a produção em julho em 411 mil barris diários, que constitui o mesmo nível dos dois meses anteriores.
A decisão, já esperada pelo mercado e adotada durante uma reunião, realizada virtualmente, dirigida por sauditas e russos, é um terceiro aumento consecutivo nesta quantidade, o que eleva o total de produção aumentada, em quatro meses, para 1,37 milhões de barris diários, mais de metade dos 2,2 milhões que se tenciona aumentar.
"Se (o OPEP+) tivesse decidido uma quantidade maior, o preço de abertura teria sido muito desfavorável", comentou Harry Tchilingurian, do Onyx Capital, na sua conta no LinkedIn.
Leia Também: Brent sobe 3,9% após OPEP+ decidir aumentar produção em julho