O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, fechou a sessão no Intercontinental Exchange a cotar 81 cêntimos acima dos 64,09 dólares com que acabou as transações na terça-feira.
O Brent reagiu em alta às preocupações com o fornecimento depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados, juntos no designado OPEP+, terem confirmado hoje, em comunicado, que vão manter os cortes na produção até final de 2026, os quais representam a retirada do mercado de 3,6 milhões de barris diários.
Mas estes cortes não incluem outros, voluntários e suplementares, que estão a ser abandonados, desde abril, por oito Estados (Arábia Saudita, Federação Russa, Iraque, Emiratos Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã), para compensar de forma lenta e progressiva as reduções nas respetivas extrações desde 2023 durante os próximos 18 meses.
Depois de anunciarem aumentos de 411 mil barris diários em maio e junho, o triplo do aumento mensal projetado inicialmente (137 mil), agora especula-se que estes países possam decidir ouro aumento, com este volume, na reunião que vão ter no sábado.
Perante este cenário, o analista Fawad Razaqzada, da StoneX, afirmou, na sua 'newsletter' semanal, que este panorama de produção em alta não é benéfico, uma vez que "é difícil ser otimista com confiança enquanto os barris se continuarem a acumular e persistir a incerteza sobre o crescimento da procura".
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