São Tomé vai com Portugal troca de dívida "por investimento climático"

O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe anunciou hoje que o seu país vai com Portugal um acordo de troca de dívida por "investimento climático" e destacou as redes de transporte de energia como projetos prioritários.

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Lusa
27/05/2025 15:27 ‧ há 8 horas por Lusa

Economia

São Tomé

Em declarações à Lusa, no Estoril, à margem da II Conferência de Energia da LP, Américo Ramos afirmou que "estão já criadas as condições para a desse acordo de troca de dívida por investimento climático" com Portugal. Um acordo semelhante ao que Portugal assinou com Cabo Verde.

 

Américo Ramos adiantou que a parte legal e istrativa "já foi cumprida".

A deste acordo, sublinhou o chefe do executivo são-tomense, vai permitir que o país utilize esses recursos que se destinavam ao pagamento da dívida a Portugal para financiar ações "no âmbito do ambiente e da energia".

Em termos de prioridades, o primeiro-ministro de São Tomé e Princípe, que representa a presidência rotativa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (LP) na conferência iniciada hoje no Estoril, lembrou que o seu país tem um programa de transição energética em curso e este novo financiamento também se destina a esse plano.

Quando questionado sobre projetos concretos, destacou "um projeto de energia limpa através de painéis solares" e investimento "nas redes de transmissão de energia, que são cruciais para que esse projeto seja efetivo e sustentável como se prevê".

"Portanto temos a questão da produção energética, a do transporte e da distribuição de energia", concluiu.

Também em declarações aos jornalistas hoje, à margem da conferência, a ministra portuguesa do Ambiente e Energia, Graça Carvalho, falou da em breve do acordo.

A conferência que começou hoje no Centro de Congressos do Estoril, em Cascais, Portugal, e se prolonga até quarta-feira foi promovida pelo Governo de São Tomé e Príncipe, que detém a Presidência em exercício da LP, e organizada pela Comissão Temática de Energia e Clima dos Observadores Consultivos da LP, coordenada pela Associação Lusófona de Energias Renováveis (ALER) e pela Associação de Reguladores de Energia dos Países de Língua Oficial Portuguesa (RELOP).

Este evento conta ainda com o apoio institucional da LP e do Ministério do Ambiente e Energia de Portugal, e com a parceria da Agência para a Energia de Portugal e da Câmara Municipal de Cascais.

Segundo a LP, além de ser "um momento de partilha dos últimos desenvolvimentos e projetos-âncora das transições energéticas de cada Estado-membro da LP, este evento pretende promover novas parcerias e oportunidades de investimento e financiamento".

Recorde-se que foi durante a Presidência em exercício de Timor-Leste, em 2015, que teve lugar a primeira edição da Conferência de Energia da LP.

Dez anos depois, à margem da III Reunião de Ministros de Energia da LP, a II Conferência de Energia da LP reúne governantes, financiadores, empresários e especialistas do setor de energia da LP e de outras instituições internacionais.

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os nove Estados-membros da LP.

Leia Também: Tentativa de golpe em São Tomé e Príncipe? "Não existem provas sérias"

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