O dirigente realçou que os 15,8 ME, como a construção do novo estádio, já estão contratualizados com o grupo ao qual foi aprovada a venda da maioria da SAD dos minhotos -- uma percentagem de 62,5% que, no futuro, ará a 70% --, na assembleia geral extraordinária realizada no sábado, com 94% de votos favoráveis dos mais de 300 associados.
Dos 15,8 ME, 10 ME vão ser aplicados na segunda fase da academia, que contempla a instalação de mais dois relvados naturais, um deles acompanhado por uma bancada com lotação entre 1.500 e 2.000 espetadores, e do edifício principal, capaz de albergar 52 jogadores dos escalões de formação. Os restantes 5,8 ME vão ser aplicados na equipa principal de futebol, que compete na I Liga portuguesa.
Presidente ininterrupto do clube desde 2008 e do conselho de istração da SAD desde a sua criação, em 2013, Vítor Magalhães quer ter esses relvados naturais prontos no início de 2026 e o edifício, equipado ainda com auditórios, salas de conferência e balneários, concluído em 2027.
Implantada nos terrenos da designada Quinta da Devesa, na fronteira entre a vila de Moreira de Cónegos e a freguesia de Guardizela, no concelho de Guimarães, a academia, apelidada de 'vila desportiva', já conta com dois relvados naturais, um sintético e um edifício para a formação.
Noutra parcela dos 156 mil metros quadrados na posse do Moreirense, mais próxima do Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, está previsto um novo estádio para a equipa da I Liga, com lotação para 10 mil espetadores, acompanhado por 500 lugares de estacionamento privado e três mil de estacionamento público.
A SAD do Moreirense vai continuar a utilizar o Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, recinto que acolhe cerca de seis mil espetadores, para treinos e para jogos da ambicionada equipa B ou equipa de sub-23, que garanta competição na transição dos juniores para os seniores, esclareceu o presidente.
As equipas masculinas de sub-15, sub-17 e sub-19 pertencem à SAD, pelo que estarão sob a alçada do fundo liderado pelo empresário norte norte-americano Bill Foley, que foi criado em 2022 e detém o Bournemouth, da Liga inglesa.
O Black Knight Football Club é ainda proprietário do Auckland FC, equipa que criou após garantir o direito a uma franquia no principal campeonato da Nova Zelândia, e detém participações minoritárias no Lorient, campeão do segundo escalão de França em 2024/25, e no Hibernian, da Liga escocesa.
Com a venda da maioria da SAD ao grupo britânico, Vítor Magalhães crê que o emblema de Moreira de Cónegos tem condições para "mais longevidade" e para ser "mais fácil de gerir" doravante.
"O Moreirense tem duas datas marcantes. A primeira, e mais importante, foi a sua fundação, em 01 de novembro de 1938. A segunda é 31 de maio de 2025, por este o importantíssimo. Isto vem trazer outra competitividade, outra criatividade, outra imaginação para dar mais longevidade à instituição. O Moreirense será sempre o Moreirense, mas terá mais fontes de receita e será mais fácil de gerir", disse à Lusa.
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